CHEGA/AÇORES EXIGE CONCURSO INTERNACIONAL PARA TRANSPORTE MARÍTIMO DE MERCADORIAS

O cabeça-de-lista do Chega pelo círculo dos Açores às eleições legislativas de 18 de Maio, Francisco Lima, defendeu que o transporte marítimo de mercadorias entre o continente e os Açores deve ser assumido como “uma obrigação da República”, por se tratar de uma questão de continuidade e coesão territoriais.

A posição foi assumida na última semana, junto ao porto de Ponta Delgada, numa iniciativa que contou com a presença do líder regional do partido, José Pacheco, e outros candidatos da lista. Em nota de imprensa divulgada pelo Chega/Açores, Francisco Lima sublinhou que “os Açores também são Portugal, apesar de parecer que não para os partidos do sistema”.

O candidato acusou ainda os armadores que operam atualmente na Região de práticas de “concertação de preços e de cartelização”, uma situação que, segundo referiu, o Chega já denunciou anteriormente. Para combater o que classifica como “interesses instalados”, Francisco Lima defendeu a abertura de um concurso público internacional.

“Os Açorianos precisam de transportes marítimos de mercadorias, mas a preços acessíveis. Atualmente, um contentor vindo de qualquer parte do mundo é mais barato do que vir do continente para os Açores”, afirmou, acrescentando que “há obrigações contratuais que não são cumpridas. É um garrote à nossa economia”.

O CHEGA/Açores considera que a economia regional enfrenta graves limitações em matéria de competitividade, em parte devido à falta de previsibilidade e de regularidade nos serviços marítimos de mercadorias. A resolução, segundo o partido, passa pela abertura à concorrência internacional e pelo financiamento público.

“Tem de ser feito um concurso público internacional e os transportes marítimos de mercadorias têm de ser comparticipados com fundos da União Europeia ou da República”, concluiu Francisco Lima.

A candidatura do CHEGA pelo círculo açoriano coloca assim o tema do transporte marítimo de mercadorias como uma das suas principais bandeiras para o ato eleitoral de 18 de Maio, defendendo uma mudança estrutural no modelo logístico regional.

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