CENTRO DOS CAPELINHOS REFORÇA PAPEL DOS AÇORES NA REDE CIÊNCIA VIVA

O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, destacou segunda-feira a importância da integração do Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos na Rede de Centros Ciência Viva, sublinhando o papel do espaço na valorização científica, ambiental e cultural dos Açores. As declarações foram feitas durante a sessão “Os Centros Ciência Viva: a diversidade nas suas multidimensões”, no âmbito do 25.º Encontro da Rede, que decorre até 13 de maio na ilha do Faial. A informação foi divulgada através de nota de imprensa da Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática.

Alonso Miguel considerou o evento como “prestigiante” e de “significado profundo” para a Região Autónoma dos Açores, salientando que esta é a segunda vez que um encontro nacional da Rede se realiza nos Açores, depois de uma edição anterior em 2017, em São Miguel, no Expolab.

O governante lembrou que o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos foi integrado como membro associado da Rede Ciência Viva em novembro de 2024, passando a ser, juntamente com o Expolab, um dos dois representantes açorianos numa rede nacional restrita de apenas 21 centros. “Esta integração representa um passo importante na valorização e divulgação de uma das paisagens mais emblemáticas dos Açores e um dos patrimónios geológicos mais relevantes a nível mundial”, referiu, recordando que o local integra a lista dos 100 primeiros sítios de interesse geológico do mundo, segundo a União Internacional das Ciências Geológicas.

O Secretário Regional evidenciou o papel do centro como espaço de literacia científica e ambiental, descrevendo-o como “um espaço que valoriza o património científico e sociocultural”, ao proporcionar aos visitantes uma viagem interpretativa sobre a erupção do vulcão dos Capelinhos, as alterações na geomorfologia da ilha do Faial e o impacto na vida dos habitantes locais.

Alonso Miguel afirmou ainda que “esta é uma oportunidade única para garantir o desenvolvimento de projetos colaborativos de investigação e de educação ambiental” e para consolidar o centro como “um espaço de excelência” na promoção da ciência junto da população.

Desde a sua inauguração, em 2008, o Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos tem sido distinguido a nível nacional e internacional, pelo seu projeto arquitetónico, harmonização com o meio envolvente e contributo para a valorização do território. “O centro acrescenta valor e notoriedade à Rede de Centros Ciência Viva, contando a fascinante história da erupção que originou o terreno emerso mais recente de Portugal”, afirmou.

O encontro contou com a presença da Presidente da Rede e Diretora do Pavilhão do Conhecimento, Rosalia Vargas, e de representantes das direções dos 21 centros que compõem atualmente a Rede Ciência Viva em Portugal. A iniciativa pretende promover a reflexão sobre o impacto científico, social e económico da rede, e reforçar a ligação entre ciência, inovação e sociedade.

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