
O líder do PS/Açores e cabeça de lista às eleições legislativas de 18 de maio, Francisco César, sublinhou no sábado a importância de “agir já” no apoio aos jovens, defendendo um conjunto de propostas do Partido Socialista para facilitar o acesso ao ensino superior e à habitação. As declarações foram proferidas à margem de uma reunião com a Associação de Jovens da Lagoa e constam de uma Nota de Imprensa divulgada ontem pelo PS/Açores.
“Estudar fora da área de residência representa um elevado custo para as famílias açorianas”, alertou o dirigente socialista, apontando que, muitas vezes, “a habitação equivale ao valor anual da propina”. Neste contexto, Francisco César defendeu o alargamento do apoio ao alojamento a estudantes que, embora não beneficiem de bolsa, enfrentam dificuldades económicas que colocam em risco a continuidade dos estudos.
“A condição financeira de um aluno, mesmo que seja da classe média e que não tenha direito a bolsa, pode fazer com que ele não estude, por não conseguir pagar um quarto a 500 ou 600 euros por mês”, exemplificou.
Entre as propostas do PS destacam-se ainda o reforço das bolsas e da ação social para estudantes universitários, bem como o fim gradual das propinas até 2029.
Relativamente à habitação, Francisco César sublinhou a necessidade de “reforçar o apoio do Estado ao arrendamento para jovens com taxas de esforço elevadas” e de aumentar o valor dos apoios públicos para aquisição de casa própria, nomeadamente para cobrir as parcelas que não são financiadas pelos bancos.
Outra medida estrutural mencionada passa pelo aumento da oferta de habitação pública, através do recurso ao Plano de Recuperação e Resiliência e da utilização de parte dos lucros da Caixa Geral de Depósitos para constituir fundos municipais destinados à construção de habitação. “Ninguém melhor do que os municípios para identificar as carências habitacionais das suas comunidades e dar resposta às mesmas”, afirmou.
Francisco César concluiu a intervenção reforçando o compromisso do PS com a juventude: “Se formos Governo, os jovens podem contar com medidas concretas que respondem às suas necessidades, para que possam estudar, trabalhar e viver com dignidade”.
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