CHEGA/AÇORES DENUNCIA BUROCRACIA E FALTA DE MÃO-DE-OBRA COMO ENTRAVES À AGRICULTURA REGIONAL

O cabeça-de-lista do CHEGA pelo círculo dos Açores às eleições legislativas de 18 de maio, Francisco Lima, criticou no sábado, durante uma visita ao Mercado dos Lavradores, em Angra do Heroísmo, os “atrasos nos subsídios”, a “excessiva burocracia” e a “falta de mão-de-obra” como obstáculos centrais ao desenvolvimento do setor agrícola na Região. As declarações foram divulgadas domingo em Nota de Imprensa pelo Chega/Açores.

Francisco Lima, acompanhado pelo líder regional do partido, José Pacheco, e por outros elementos da candidatura, esteve reunido com produtores locais, ouvindo as suas preocupações relativamente ao atual estado da agricultura nos Açores. “Ouvimos a indignação dos produtores, que sentem na pele a falta de mão-de-obra, quando temos milhares de pessoas a viver do Rendimento Social de Inserção. A agricultura precisa de mão-de-obra para crescer”, afirmou o candidato.

Outra das queixas mais ouvidas, segundo Francisco Lima, prende-se com as limitações no combate às pragas, que continuam a comprometer culturas inteiras. “Os lavradores queixam-se que não podem combater as pragas. Estão desesperados, as pragas comem as culturas e não podem fazer nada. Chega-se ao ponto de o Governo subsidiar as sementeiras e depois volta a subsidiar porque as pragas dizimaram aquilo que foi semeado”, explicou.

No que diz respeito à burocracia, o candidato do CHEGA foi perentório: “Por cada agricultor há dez burocratas nos gabinetes a fazer com que quem produz, passe mais tempo a lidar com papéis do que a trabalhar naquilo que realmente faz o negócio crescer”.

Durante a manhã no mercado, Francisco Lima afirmou ainda que o CHEGA tem propostas concretas para modernizar o setor e criticou a forma como têm sido usados os fundos comunitários. Apontou, como exemplo, um recinto construído para a compra e venda de gado, classificado como “elefante branco”, em detrimento da modernização do mercado atual. “Os fundos comunitários devem ser usados para modernizar os espaços para que se possam escoar, de forma digna, os produtos”, defendeu.

Na reta final da visita, Francisco Lima sublinhou que há muito a dizer “na República” sobre os Açores e, em particular, sobre o setor primário, que, na sua visão, poderia ser “mais auto-suficiente no abastecimento ao Arquipélago”.

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