
O presidente do PS/Açores e cabeça de lista às eleições legislativas de 18 de maio, Francisco César, criticou quinta-feira os cortes no financiamento aos centros de investigação em Portugal, incluindo nos Açores, classificando-os como “um retrocesso inaceitável para a ciência e para o desenvolvimento da Região”. As declarações foram feitas durante uma visita ao Grupo Marques, segundo nota de imprensa divulgada pelo Partido Socialista dos Açores.
De acordo com Francisco César, os centros de investigação avaliados como “bons” ou “muito bons” pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) enfrentarão cortes que podem chegar aos 70% dos apoios anteriormente atribuídos. “Também nos Açores, vários centros vão ter um corte muito substancial nas verbas para o trabalho que estão a fazer”, alertou o líder socialista regional.
Francisco César assegurou que, com um Governo do PS, esta situação não ocorreria: “Com o Partido Socialista no Governo, isto não aconteceria. Os cortes serão revertidos e o valor será pago na íntegra”, garantiu, assumindo o compromisso de repor os apoios à investigação científica.
Durante a visita, o líder do PS/Açores abordou ainda as dificuldades enfrentadas pelas empresas exportadoras da Região, nomeadamente devido às tarifas alfandegárias impostas pelos Estados Unidos. Referindo-se ao Grupo Marques, que exporta produtos da área da madeira para o mercado norte-americano, Francisco César lamentou que estas empresas não tenham sido incluídas no programa de apoio do Governo da República. “As tarifas impostas pelos Estados Unidos estão a penalizar as exportações”, afirmou, considerando a exclusão injustificada.
No plano económico, o candidato socialista propôs uma redução do IRC para empresas que geram valor acrescentado e apostam em investigação e desenvolvimento, prometendo ainda “incentivos específicos com fundos comunitários” para esse setor.
Na reta final da visita, Francisco César dirigiu-se diretamente aos trabalhadores, reiterando o compromisso do PS de aumentar o salário mínimo nacional para 1.110 euros até 2029. Nos Açores, com o acréscimo regional, esse valor será de 1.165 euros. O líder socialista prometeu ainda que o PS irá trabalhar para elevar o salário médio nacional para cerca de 2.000 euros mensais até ao final da década, em concertação com empresas e parceiros sociais.
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