
O Chega Açores apresentou este domingo, na ilha Terceira, o seu Programa Eleitoral para as legislativas nacionais de 18 de maio, destacando 23 propostas com o objetivo de resolver, a partir da Assembleia da República, “problemas que subsistem há mais de 50 anos”. A apresentação contou com a presença do cabeça de lista Francisco Lima, do presidente regional do partido, José Pacheco, e da mandatária da candidatura, Olivéria Santos.
Segundo a nota de imprensa divulgada pelo Chega/Açores, uma das medidas centrais é a revisão da Lei de Finanças Regionais, que Francisco Lima considera estar “parada no tempo”, limitando a capacidade financeira da Região Autónoma para assumir os seus compromissos. O candidato criticou também a fórmula de capitação do IVA, que classificou como “uma herança da TROIKA que vem na sequência da terceira falência de Portugal, protagonizada pelo PS”.
Durante a apresentação, Francisco Lima dirigiu duras críticas ao que qualificou como um “Estado assistencialista”, defendendo o fim do Rendimento Social de Inserção (RSI). “Não devemos sustentar a malandragem. O nosso país está a importar imigrantes e há cerca de 200 mil pessoas em Portugal que não trabalham porque temos um Estado assistencialista. Ter pessoas sem trabalhar é a melhor forma de obter votos”, afirmou.
O cabeça de lista criticou ainda o tratamento dado aos Açores pelos partidos do arco governativo. Referindo-se ao programa da Aliança Democrática (AD), afirmou que este “tem dois parágrafos dedicados aos Açores”, ironizando as declarações de José Manuel Bolieiro sobre o alegado cumprimento de todas as promessas por parte de Luís Montenegro. “Temos esquadras de polícia a degradarem-se, cabos submarinos por substituir, e subsídios à agricultura prometidos em 2022 que nunca chegaram aos agricultores açorianos”, disse, acrescentando: “Montenegro prometeu, mas não cumpriu. Assumiu que é um mentiroso, só falta ficar igual a José Sócrates”.
Francisco Lima acusou ainda o Estado português de estar “cheio de burocracia”, o que considera ser “o combustível da corrupção”. Nesse sentido, apelou ao voto no Chega como alternativa aos partidos tradicionais, afirmando: “Um deputado da AD ou do PS não faz diferença, até porque alguns votam contra os Açores. Portanto, se há um voto útil, é no Chega”.
A apresentação do programa contou com a presença dos restantes membros da lista do Chega pelo círculo dos Açores: Ana Martins, Pedro Rodrigues e João Costa.
© CH/A | Foto: CH/A | PE
