
O Vice-Presidente do Governo Regional dos Açores, Artur Lima, formalizou quarta-feira, 29 de abril, um protocolo de cooperação com o Governo da Região Autónoma do Príncipe, com o objetivo de desenvolver ações conjuntas em áreas estratégicas como ciência, educação, energias renováveis, agricultura e ambiente. A informação foi divulgada sexta-feira em Nota de Imprensa da Vice-Presidência do Governo Regional.
“Este é um primeiro passo que queremos que venha a dar frutos e que seja também progressivo nas suas diversas ações”, afirmou Artur Lima durante a cerimónia de assinatura do acordo, realizada no âmbito das comemorações dos 30 anos da autonomia do Príncipe. O governante açoriano destacou que o protocolo visa ser “pragmático, prático e executável”, sublinhando o potencial de aprendizagem mútua entre as duas regiões insulares.
O acordo estabelece uma base de cooperação nos domínios da ciência e tecnologia, comunicações, educação e formação, energias renováveis, mar, ambiente e agricultura. “É um protocolo de partilha, de partilha de um povo, em primeiro lugar, de toda esta solidariedade de ser ilhéu”, frisou Artur Lima, referindo a identidade e os desafios comuns entre os arquipélagos.
No campo energético, o Vice-Presidente sublinhou que os Açores podem apoiar o Príncipe na promoção da autossuficiência, uma área em que a Região tem vindo a investir significativamente com “resultados palpáveis”. Também ao nível da educação, foi aberta a possibilidade de colaboração através da atribuição de bolsas de estudo a estudantes da Região Autónoma do Príncipe.
“Este Governo tem feito um esforço enorme para promovermos a autossustentabilidade alimentar, e isso é fundamental numa região autónoma”, reforçou ainda Artur Lima, destacando os desafios comuns no setor agrícola.
O Vice-Presidente fez questão de salientar a importância da autonomia enquanto conquista dos dois povos insulares. “A Autonomia é uma conquista dos dois povos e nós como governantes temos o dever e a obrigação de pugnar por ela para darmos as melhores condições de vida às nossas populações”, declarou, acrescentando que se trata de um “processo contínuo, progressivo e que nunca terá um fim. Tem de ter evolução. Tem de ter progresso”.
O protocolo agora celebrado representa um marco nas relações bilaterais entre as Regiões Autónomas dos Açores e do Príncipe, com a ambição de construir uma cooperação sólida, assente em laços culturais e geográficos partilhados.
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