
O Partido Socialista da Praia da Vitória acusou esta terça-feira o executivo municipal de estar “esgotado, sem visão e sem capacidade de resposta aos reais problemas do concelho”, na sequência da Prestação de Contas de 2024 da Câmara Municipal da Praia da Vitória, discutida na sessão ordinária da Assembleia Municipal, realizada na segunda-feira, na Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira.
Num comunicado divulgado nas redes sociais, o PS/Praia da Vitória justificou o seu voto contra com uma avaliação fortemente crítica das opções e resultados da gestão camarária. “As contas da Câmara Municipal da Praia da Vitória relativas a 2024 são o espelho de um executivo esgotado”, lê-se no comunicado, onde o partido contesta a eficácia das medidas apresentadas e a veracidade da execução orçamental.
Os socialistas afirmam que a taxa de execução apresentada pelo executivo assenta em “sucessivas revisões orçamentais” e “não traduz qualquer concretização física e financeira relevante”. Uma das críticas centrais é a alegada ausência de respostas para a crise habitacional, que, segundo o PS, continua a afetar “tantas famílias” sem que exista “qualquer estratégia estruturada para garantir o acesso à habitação digna”.
O PS aponta também a desvalorização de “projetos sociais e educativos” e lamenta o abandono do projeto Terceira Tech Island, que, recordam, “prometia colocar a Praia da Vitória no mapa da inovação tecnológica”.
Relativamente à redução da dívida a fornecedores, frequentemente destacada pelo executivo, os socialistas alegam que tal resultado “se deve ao aumento das transferências do Orçamento do Estado” e não a mérito da gestão autárquica. O comunicado acrescenta ainda que os passivos financeiros representam apenas 10% da despesa total, o que, na ótica do PS, “desmente a narrativa de ‘herança pesada’” frequentemente invocada pela atual presidência.
Outra crítica incide sobre as candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que, segundo o PS, “só avançaram após denúncia e pressão” do próprio partido.
O comunicado termina com a acusação de que “o projeto político deste executivo está falido”, e justifica o voto contra do PS como “firme, coerente e em defesa do futuro da Praia da Vitória”.
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