O Hospital CUF Açores passou a dispor de um novo equipamento para a realização de biópsias do gânglio sentinela, um exame crucial para o diagnóstico e planeamento do tratamento do cancro da mama. A informação foi divulgada esta quarta-feira em Comunicado de Imprensa pelo Departamento de Comunicação da unidade hospitalar.
Este novo recurso tecnológico permite identificar com precisão o primeiro gânglio linfático com maior probabilidade de receber células tumorais provenientes da mama – o denominado gânglio sentinela. Através da sua análise, é possível determinar se o cancro se alastrou ou não, evitando, em muitos casos, a remoção de múltiplos gânglios linfáticos.
O cirurgião geral Luís Bernardo, responsável pelo procedimento no Hospital CUF Açores, sublinha que esta técnica “evita a remoção de todos os gânglios para verificar se estão metastatizados e preserva as defesas da mama, da axila e do ombro”, tornando o tratamento menos invasivo e com menor impacto na qualidade de vida da doente.
Ao contrário do método tradicional que recorre a substâncias radioativas, o equipamento agora disponível utiliza imunofluorescência, um composto especial que, ao ser injetado, permite localizar com maior exatidão o gânglio pretendido, sem os riscos associados à radioatividade.
De acordo com o comunicado, este avanço representa não só um reforço na capacidade técnica da unidade, como também uma resposta concreta às necessidades da população açoriana no domínio da oncologia. “Este novo equipamento, aliado à experiência e diferenciação da equipa clínica, permite um acompanhamento mais completo e diferenciado aos doentes oncológicos”, destaca a nota informativa.
Recorde-se que o cancro da mama continua a ser um dos mais prevalentes em Portugal, com cerca de 9 mil novos casos por ano e perto de 2 mil mortes anuais, segundo dados nacionais. A aposta do Hospital CUF Açores neste equipamento reflecte, assim, um compromisso claro com a inovação e a melhoria dos cuidados de saúde prestados na Região Autónoma dos Açores.
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