
O Grupo Parlamentar do Chega dos Açores (CH/Açores) exigiu esta sexta-feira a “demissão imediata” de Paula Macedo, Presidente do Conselho de Administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, acusando-a de envolvimento em polémicas que “mancham o nome” da Saúde regional e do Governo dos Açores.
A exigência, divulgada em nota de imprensa, surge após novas revelações sobre contratos de ajuste direto no valor de 853 mil euros atribuídos a uma empresa com “ligações familiares” a Paula Macedo. A empresa em questão foi contratada pela Direção Regional da Saúde para equipar o novo hospital modular, instalado após o incêndio no HDES a 4 de maio de 2024.
O partido liderado nos Açores por José Pacheco critica ainda a acumulação de funções de Macedo, que, além de presidir ao Conselho de Administração do HDES, exerce o cargo de Diretora Clínica do mesmo hospital e mantém atividade em duas clínicas privadas. “Foi o próprio Conselho de Administração do Hospital de Ponta Delgada que autorizou esta acumulação, quando Paula Macedo já integrava o próprio Conselho”, denuncia o CH/Açores, sublinhando que o Governo Regional justificou a situação com “pareceres jurídicos”.
“É urgente que o Governo Regional tome medidas e afaste todas as suspeitas”, exige o partiodo, classificando como “inaceitável” a manutenção da médica no cargo. O partido questiona ainda a opção pelos ajustes diretos para o hospital modular, cuja necessidade de construção também foi posta em causa pelo CH/Açores.
A polémica será debatida na próxima semana na Assembleia Legislativa Regional, após a marcação de um debate de urgência solicitado pelo partido. “O CHEGA sempre disse que iria fiscalizar todo o processo envolvendo o incêndio no HDES e o hospital modular”, reforça a nota, acusando o executivo açoriano de falta de transparência.
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