GOVERNO DOS AÇORES INTENSIFICA COMBATE À PRAGA DAS TÉRMITAS COM NOVA CAMPANHA DE SENSIBILIZAÇÃO

A Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática dos Açores deu início, em novembro de 2024, a uma ampla campanha de sensibilização para o combate à praga das térmitas no arquipélago. O objetivo é informar a população sobre os hábitos destes insetos, identificar as zonas de risco e promover medidas preventivas e de contenção.

O Secretário Regional do Ambiente e Ação Climática, Alonso Miguel, citado em nota de imprensa, destacou a gravidade da situação, sublinhando que “as térmitas representam uma das pragas urbanas mais destrutivas a nível mundial, com impactos económicos significativos, e, nos Açores, esta realidade não é diferente”.

CAMPANHA ABRANGENTE E MULTINÍVEL

A iniciativa dirige-se tanto ao público em geral como a entidades locais, incluindo Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e Peritos Qualificados do Sistema de Certificação de Infestação por Térmitas. O plano inclui: Distribuição de materiais informativos**, como ‘flyers’ e o lançamento do “Guia Prático para Controlo de Térmitas”; Sessões presenciais em todas as ilhas afetadas, com ações formativas e esclarecimento de dúvidas; Continuidade da campanha, adaptada às condições e grau de infestação de cada ilha.

ESPÉCIES DE TÉRMITAS NOS AÇORES

Nos Açores, de acordo com a Secretaria Regional do Ambiente e Ação Climática dos Açores estão identificadas quatro espécies de térmitas com diferentes níveis de impacto:
1. Térmita-de-madeira-seca das Índias Ocidentais (Cryptotermes brevis): Presente em seis ilhas, exceto Corvo, Flores e Graciosa, é a espécie mais prejudicial, atacando estruturas de madeira seca.
2. Térmita-subterrânea-ibérica (Reticulitermes grassei): Localizada exclusivamente na cidade da Horta, com elevado potencial destrutivo.

3. Térmita-subterrânea do Este Americano (Reticulitermes flavipes): Encontrada na ilha Terceira, forma colónias subterrâneas extensas.
4. Térmita-europeia-de-madeira-húmida (Kalotermes flavicollis): Ataca madeira viva ou em decomposição no Faial, Terceira e São Miguel, mas com impacto reduzido.

INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS E MOBILIZAÇÃO COMUNITÁRIA

Alonso Miguel destacou o uso de novas tecnologias no combate à praga, como uma aplicação digital que facilita a gestão de armadilhas e o registo de informações pelos Vigilantes da Natureza. O Secretário Regional também reforçou a importância da mobilização comunitária:

“A contenção da praga das térmitas exige um esforço conjunto entre autoridades e cidadãos, protegendo o património natural e edificado dos Açores”, realçou.

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