O Governo Regional dos Açores justificou o aumento do preço dos gases de petróleo liquefeito (GPL), a partir do próximo ano, com a adoção de uma nova fórmula de cálculo por recomendação do Tribunal de Contas e pressão dos distribuidores.
Segundo um despacho publicado sexta-feira em Jornal Oficial, o preço do gás butano nos Açores vai registar aumentos entre 7,8 e os 78 cêntimos por quilo, em janeiro de 2025.
Numa nota à imprensa, a secretaria regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas alega que o aumento dos preços máximos de venda ao público resulta da “adoção de uma nova fórmula de cálculo para fixação do preço do gás, de acordo com a recomendação do Tribunal de Contas”.
De acordo com a nota, a nova fórmula, sustentada por um estudo técnico realizado por um consultor externo, “passa a ter o custo do produto atualizado mensalmente de acordo com cotações internacionais, tal como se verifica nos restantes combustíveis”.
O aumento resulta ainda da “atualização à inflação das restantes componentes da fórmula de cálculo do preço máximo de venda ao público, que se mantinham inalterados há mais de uma dezena de anos”, explica o executivo.
“A não atualização das componentes dos custos logísticos e o congelamento administrativo, em 2019, do preço do produto na origem, colocaram enorme pressão sobre as entidades distribuidoras, que ameaçaram interromper o abastecimento de GPL à Região, uma vez que foram estas entidades que absorveram os aumentos dos custos reais não refletidos no preço de venda”, lê-se na nota.
De acordo com o Governo, uma garrafa normal de gás butano (13 KG) passa a custar 23,77 euros em janeiro, mais 5,47 euros do que em dezembro.
“Este valor fica, ainda assim, cerca de cinco euros abaixo do valor praticado na Região Autónoma da Madeira (28,73) e cerca de 10 euros abaixo do valor praticado no continente (33,16)”, salienta a nota do Governo de coligação PSD/CDS-PP/PPM.
Segundo um despacho publicado sexta-feira em Jornal Oficial, o gás butano vendido ao público, no estabelecimento do revendedor, em garrafa de 26 litros ou mais, passa a custar em janeiro 1.828 euros por quilo, mais 78 cêntimo por quilo do que em dezembro.Já o gás butano vendido em garrafas de 24 litros, construídas em materiais leves (até oito quilos de vasilhame), sobe 44,5 cêntimos, para 1,973 euros por quilo. O gás butano canalizado regista um aumento de 42 cêntimos, em janeiro, passando a custar 1,828 euros por quilo, enquanto o gás butano a granel sobe 7,8 cêntimos para 1,426 euros por quilo.
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