LUÍS GARCIA DESAFIA ESCRITORES DE TODAS AS GEOGRAFIAS LUSÓFONAS A PARTICIPAREM NO PRÉMIO LITERÁRIO VITORINO NEMÉSIO

O Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, desafiou sexta-feira, em Lisboa, “escritores de todas as geografias lusófonas” a participarem no Prémio Literário Vitorino Nemésio, uma iniciativa que “celebra os valores que definiram Nemésio: o rigor intelectual, a liberdade criativa e a capacidade de unir tradição e modernidade na escrita”.

Após a realização de apresentações nas ilhas Terceira, Faial e São Miguel, assim como em Coimbra, Lisboa foi escolhida para acolher esta sessão por se tratar de “uma cidade central para a cultura e a literatura em Portugal, permitindo mobilizar não apenas escritores açorianos, mas também de todas as geografias lusófonas”, afirmou o Presidente da Assembleia Legislativa, na apresentação do prémio, que teve lugar na Casa dos Açores de Lisboa.

“Lisboa foi, para Nemésio, um espaço de múltiplas vivências: aqui lecionou, escreveu e refletiu, mas também viveu a efervescência da vida urbana, sem jamais perder o laço profundo com os Açores, que carregava na alma e na escrita”, afirmou o Presidente do Parlamento açoriano.

Na ocasião, esteve também presente a Presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, cidade onde nasceu o autor que dá nome ao prémio, uma participação que sublinha “o contributo inestimável de Vitorino Nemésio para a história da sua terra natal”, afirmou o Presidente Luís Garcia, reforçando que “a Praia da Vitória foi, para ele, o ponto de partida – uma matriz emocional e poética que permeia toda a sua obra e que o acompanhou nas suas vivências e criações”.

A apresentação do Prémio Literário Vitorino Nemésio na Casa dos Açores de Lisboa aconteceu dois dias depois de uma sessão restrita exclusivamente direcionada à comunidade académica da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, “um gesto simbólico” que, segundo o Presidente da Assembleia Legislativa representou “uma homenagem à memória de um académico que dedicou grande parte da sua vida ao ensino e ao estudo das Letras naquela instituição”.

No uso da palavra, a presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória, Vânia Ferreira, destacou a importância do galardão promovido pela Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores: “não só é um contributo de excelência para a promoção da produção literária açoriana; como é um agente dinamizador da vida e obra de Vitorino Nemésio. E, ao sê-lo, é também um promotor do contributo do escritor para a consagração literária e académica da nossa Identidade no espaço nacional”.

Recordando a apresentação do prémio literário na abertura do Festival Literário Outono Vivo, que decorreu na Praia da Vitória entre 25 de outubro e 10 de novembro, a autarca praiense sublinhou a vida a obra de Nemésio, particularmente o seu contributo para a definição da Açorianidade e da Identidade açoriana e convidou a Casa dos Açores em Lisboa a promover o festival na capital portuguesa, assim como a Casa Museu Vitorino Nemésio, cuja inauguração da requalificação do espólio expositivo ocorrerá brevemente.

No final, Vânia Ferreira ofereceu à Presidente da Casa dos Açores em Lisboa um exemplar do livro Açorianidade – os textos de Vitorino Nemésio e do livro Canto Matinal, editados pela Autarquia.

Aproveitando a sua estada na capital portuguesa, Vânia Ferreira visitou um espaço comercial com identidade praiense, mais concretamente a doçaria “Conde da Praia” situada no Largo da Graça n.º 98.

Vânia Ferreira foi recebida pelos proprietários do espaço António Nobre e Fabíola Landeiro, que empreendem o negócio em parceria com Anita Rocha.

No local a edil praiense felicitou os proprietários pela “abertura de um espaço intimamente ligado à história da Praia da Vitória, na capital do país” e ainda “o espírito empreendedor que fez nascer este conceito”.

A atualmente conhecida como Queijada Conde da Praia era originalmente conhecida como Pudim de Batata, o qual, sendo muito apreciado por Teotónio de Ornelas Bruges, à época 1º Conde da Praia da Vitória, levou a que a doce iguaria adotasse o seu nome.

© ALRAA—GC-MPV | Fotos: ALRAA-MPV-CP | PE