“BOMBEIROS DOS AÇORES ESTÃO A FICAR PARA TRÁS”, AFIRMA PAN/AÇORES

No âmbito do debate sobre as propostas de Plano e Orçamento dos Açores para 2025, que decorre desde segunda-feira no parlamento regional, na cidade da Horta, o PAN/Açores salientou ontem a discrepância salarial evidente entre os bombeiros dos Açores e da Madeira, demonstrativa da notória desvalorização que o Governo dos Açores imputa aos bombeiros açorianos.

O deputado do PAN/Açores, Pedro Neves, aquando do debate relativo à área governativa do Ambiente e Ação Climática que tutela o Serviço de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, desafiou o Governo Regional a partilhar informação sobre o novo modelo de financiamento das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários. A par disso, criticou o facto de o Governo ter excluído o Sindicato de Bombeiros da mesa de negociações aquando das negociações do modelo de financiamento.

Em paralelo, o parlamentar Pedro Neves alertou para o facto de o partido estar particularmente preocupado e indignado com a teimosia do Governo em não implementar o subsídio de risco – medida do PAN/Açores aprovada na legislatura passada, e que o Estatuto dos Bombeiros – apresentado pelo PAN/Açores e chumbado pelos partidos que suportam o Governo – iria permitir resolver.

Enquanto isso, a Madeira publicou, uma portaria que visa o pagamento do subsídio de risco dos bombeiros e indexa os aumentos salariais dos bombeiros à tabela da função pública regional. Assim, bombeiros dos Açores têm uma diferença salarial base de 7% para os bombeiros da Madeira em início de carreira e salário dos bombeiros açorianos irá ser, novamente, absorvido pelo salário mínimo regional no próximo ano.

“Esta discrepância de zelo e atenção para com os bombeiros por parte do Governo evidencia não só uma falta de valorização do esforço que diariamente estes profissionais empenham na sua atividade, como também a necessidade urgente de existir um compromisso firme do Executivo Regional que dignifique os bombeiros e assegure uma remuneração justa e condizente com o risco e a disponibilidade permanente que a sua função exige”, afirmou o Porta-voz e Deputado Pedro Neves.

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