O HALLOWEEN

O Halloween ou dia das bruxas, como lhe quiserem chamar, foi implementado pelos Irlandeses, região no tempo de domínio da Inglaterra, país colonizador, assim como Portugal naquela época. Só que, enquanto Portugal levou para o Brasil e outras das suas colónias o Cristianismo, a Inglaterra expandiu pela América e outras regiões da sua jurisprudência o Halloween de origem totalmente pagã, na crença de que no Outono/Inverno viriam assustar os mortos… às tantas acreditando que alguns ressuscitariam…

No caso concreto da nossa iIlha, fortemente influenciada pela comunidade Americana por mais de 50 anos, acabou o Halloween criando raízes nas nossas crianças, a maioria delas já hoje adultas e pais de filhos.

Antes do 25 de Abril, as escolas colocavam o crucifixo na parede, logo após a revolução, criticado e retirado, como sendo protagonismo do fascismo…

Entretanto e repito, pela influência da comunidade Americana, começam as escolas a deixar de falar no Pão por Deus, ou dia de Todos os Santos, e só não colocam as bruxas nas paredes, acho eu… Mas passasse a falar apenas do halloween, incentivando as crianças a comprarem as vestes cada vez mais exóticas e mais aterrorizantes😡 Com tudo isto, o paganismo acaba por ultrapassar o cristianismo na nossa juventude, tradição milenária de toda a comunidade portuguesa…

Como noutros costumes trazidos por estrangeiros, o nosso comércio aplaude… Fornece-se das mais variadas vestes, desde os capuchos, às máscaras ou ás vassouras e as crianças adoram, os pais compram e faz-se a festa… Sem se aperceberem da intencionalidade propositada dos grandes grupos económicos, nomeadamente o comércio global, em transformar esta tradição de cariz social e de partilha desinteressada, em fonte de lucro, à custa do sorriso das crianças, que inocentemente vão alinhando nesta fantasia pagâ, em pretérito do fortalecimento das tradições dos seus antepassados. Mais grave ainda, é vermos que outras tradições, principalmente as ligadas ao Espírito Santo e ao Natal, estão progressivamente a ser arrastadas das suas raízes, para o interesse único, do rendimento ou ganho do produto…

Enquanto que os Bôdos em louvor do Espírito Santo, vão cada vez mais desaparecendo das seculares tradições, o Natal para muitas famílias, não passa de pura comercialização… Hoje na sua homilia, o nosso páraco dizia que os Santos não nascem “Santos” fazem-se ao longo da sua vida, com a sua perseverança, com a sua fé em se tornarem melhores. Assim também as nossas crianças não nascem pagãs ou caraterizadas de Halloween, somos nós que as afastamos da realidade e as enveredamos pela utopia.

Fernando Mendonça

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