CONFIRMO! FALAR OU ESCREVER PODE SER PERIGOSO…

Falar pode na verdade ser perigoso, mas escrever, de momento torna-se muito mais! Palavras, como diz o povo, leva-as o vento… Pelo contrário, escrever fica para sempre gravado, como prova da ação tomada por quem o fez.

Os descontentes com o sistema autárquico, ou de governo, gostam, aplaudem e apelam que se escreva mais…

Quantas vezes ouço as frases: Escreva sempre! Não desista! Precisávamos mais gente assim! Guardo todas as suas crónicas! Textos pequenos, mas que falam do que é preciso…

São frases ditas, mas não escritas… Concordam mas não arriscam escrever, porque têm receio que seja mesmo perigoso…

Por outro lado, temos os conformados e, ainda os que se sentem incomodados, embora não se manifestem… Ora porque estão integrados no sistema, ora porque receiam ser afastados quando discordando…

Quem escreve por convicção, tem de ser capaz de enfrentar o perigo ou ultrapassar o medo! Ou então, limitar-se a ir ao gosto de quem governa, do politicamente correto, inclusive de alguma comunicação social audiovisual e escrita, hoje, cada vez mais exposta ao critério de quem a suporta, considerando as grandes dificuldades monetárias que atravessa. “Antes morrer livres do que em paz sujeitos”! No entanto, pela importância que tem a comunicação social para o cidadão, mais vale que se opte pela paz…

Escrever, não sendo politicamente correto, para além do inconformismo que pode causar nos poderes estatais, pode ainda levar à perda ou distanciamento de amigos de agora ou mesmo de infância, ofendidos nos seus pontos de vista sobre a política, social e económica da região ou do país. É esta a causa que mais me faz pensar, se devo continuar a opinar e criticar, sempre que a razão prevaleça, ou resignar-me às circunstâncias, como alguns parecem ter escolhido, passando a ser aceites por toda a comunicação social e pela sociedade política ou não, onde estão inseridos. Vivendo assim em paz (embora não da consciência…) no aconchego dos seus lares… Confirmado está: Escrever pode tornar-se perigoso…

Fernando Mendonça

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