Em comunicado de imprensa, sexta-feira enviado às redações, o Bloco de Esquerda (BE) dos Açores manifesta o seu repúdio sobre situação de maus-tratos a touro, que foi forçado a ingerir álcool por grupo de pessoas e pede a condenação deste ato por parte do governo.
Na sequência do sucedido, o Bloco afirma que pretende “enviar uma queixa sobre esta situação à Provedora Regional do Animal – cargo que existe desde janeiro 2022 – mas o sítio da internet e os respetivos contactos ainda não estão disponíveis”.
Em causa está, segundo relata o Bloco, um vídeo recentemente tornado público, que “mostra um grupo de pessoas a forçar a ingestão de álcool a um touro, durante a prática de uma tourada à corda, no dia 27 de setembro, em Angra do Heroísmo”.
Para o Bloco comportamentos como este são “inaceitáveis e configuram uma forma de maus-tratos a animais”, que devem ser prontamente condenados, assim como devem ser apuradas responsabilidades.
“Apesar da fiscalização das touradas ser da competência das autarquias, tal não significa que o Governo Regional não tenha uma posição em relação a esta matéria, assim como diligencie no sentido de se evitar que situações destas se repitam no futuro”, refere um requerimento enviado pelo Bloco ao Governo Regional e que o Praia Expresso teve acesso.
Neste documento, o Bloco pergunta ao governo como se posiciona em relação a esta situação, que diligências serão tomadas no sentido de se evitar que se repita no futuro, e se a proposta de alteração à legislação das touradas à corda anunciada pelo governo irá incluir matérias que possam prevenir e evitar que situações destas se repitam.
O Bloco de Esquerda critica ainda o governo por não ter ainda criado o sítio da internet do Provedor Regional do Animal, cargo que existe desde janeiro de 2022.
“Não é aceitável que quase três anos depois ainda não seja possível aos cidadãos e entidades apresentarem queixas junto do Provedor Regional do Animal”, sustenta o Bloco.
Assim, o Bloco de Esquerda pergunta também no requerimento quando estará concluído o sítio da internet do Provedor Regional do Animal, para que possa finalmente cumprir a sua função de promover o bem-estar animal, e enquanto o sítio da internet não estiver disponível, de que forma as pessoas podem contactar a provedora do animal.
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