FISCALIZAÇÃO DE ALEGADOS BARCOS CHINESES AO LARGO DAS FLORES CUSTOU 45 MIL EUROS, REVELA MINISTÉRIO DA DEFESA

A operação de verificação do alerta sobre a presença de embarcações de pesas chinesas em águas da Zona Económica Exclusiva (ZEE) dos Açores, que se veio a revelar falsa, custou, segundo o Ministério da Defesa Nacional, cerca de 45 mil euros.

Segundo noticiou a Lusa, em resposta a uma pergunta do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, o gabinete do Ministério da Defesa refere que, após o alerta, o Centro de Operações Marítimas “iniciou o processo de análise de dados” em articulação com o Centro de Análise de Dados Operacionais da Marinha, “com recurso a diversas ferramentas”.

Entretanto, o Centro de Controlo e Vigilância da Pesca, da Direção-Geral dos Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, contatou a Força Aérea “solicitando a sua coordenação operacional com a inspeção Regional das Pescas dos Açores”.

A missão foi desenvolvida com recurso a uma aeronave que durante sete horas percorreu 1.750 milhas náuticas, segundo o Ministério da Defesa.

O Ministério da Defesa adianta que, no âmbito desta operação, a Marinha apontou custos de 315 euros, enquanto a Força Aérea fala em encargos de 6.438,09 euros, por hora, o que totaliza 45.066,63 euros.

A alegada presença de embarcações de pesca chinesas na ZEE dos Açores foi referida, em agosto, em publicações nas redes sociais e a agência Lusa diz que recebeu, na altura, uma informação por correio eletrónico, enviada por um residente na ilha das Flores, a alertar para “uma ‘invasão’ ilegal de uma frota pesqueira chinesa”.

“São mais de uma dezena de navios de pesca com bandeira chinesa que estão estacionados a poucas milhas da costa da ilha e na ZEE portuguesa, presumivelmente pescando de arrasto uma séries de espécies protegidas (como atum, cuja pesca está interditada aos pescadores portugueses)”, descrevia, na altura, José Madeira, citado na notícia da Lusa.

Na altura, conforme noticiou o Praia Expresso, o Governo dos Açores classificou o alerta para a presença de várias embarcações de pesca chinesas na ZEE dos Açores, como um caso de falsificação de dados do Sistema de Identificação Automática (AIS).

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