ESTRADA RAMINHO/SERRETA DIVIDE PS E PSD E MOTIVA ACUSAÇÕES MÚTUAS

Em comunicado de imprensa, o PS/Terceira lamenta profundamente que “o Governo dos Açores do PSD/CDS/PPM tenha iludido os terceirenses, prejudicando gravemente a população da nossa ilha e desconsiderando, especialmente, os habitantes da Serreta e do Raminho em relação à limpeza e remoção de pedras do troço entre o Cabo do Raminho e a Mata da Serreta”.

Para Luís Leal, do Secretariado do PS/Terceira, citado na referida nota, enviada sexta-feira às redações, 2é totalmente incompreensível e incongruente a absoluta inação do Governo Regional durante 8 meses, porque sempre negou e recusou a reivindicação dos terceirenses quando solicitaram que fosse realizada uma intervenção de urgência no local para limpeza e remoção das pedras, repondo a circulação de viaturas e pessoas.”

“Durante 8 longos meses o Governo Regional justificou a sua absoluta   paralisação e abandono dos terceirenses nesta matéria com o argumento da crise sísmica não o permitir, que a ser realizada colocaria em perigo homens e máquinas que ali trabalhassem, que seria necessário planos e projetos de engenharia específicos”, lê-se.

Esta decisão, acrescenta, “obrigou ao corte de uma ligação fundamental para a mobilidade da ilha terceira, obrigando ao isolamento de diversas freguesias especialmente a Serreta e o Raminho, obrigando trabalhadores e estudantes, durante todo este tempo a fazer viagens e circuitos superiores a uma hora e meia de viagem para se deslocarem entre a sua casa e a escola ou o local de trabalho”.

“A falta de atuação do governo prejudicou também gravemente as empresas locais e o abastecimento, aumentou os custos dos agricultores, reduziu a atividade económica e o turismo nestas freguesias, gerou imensos danos nas viaturas e obrigou os condutores (locais e turistas) a andarem às voltas, por péssimos caminhos, sem sinalização ou informação”, explica.

“É com a maior indignação que se conclui que afinal todo este prejuízo, todos estes custos e consequências danosas não tinham razão de existir, porque de um momento para o outro, quase que por milagre, o governo regional desdiz tudo o que tinha afirmado, contradiz -se na justificação para não fazer a obra, e inicia apressadamente a intervenção que até então tinha dito que não poderia ser feita”, constata.

“O Governo dos Açores iludiu e faltou à verdade aos Terceirenses porque, ao contrário do que sempre afirmou, afinal, esta limpeza e remoção já podia ter sido iniciada há 8 meses”, acusa.

“Por incapacidade de ação, desinteresse, desconsideração, este Governo penalizou e prejudicou os terceirenses e causou fortes constrangimentos e dificuldades aos habitantes da serreta, raminho e outras freguesias próximas”, prossegue.

“Para agravar ainda mais esta desconsideração começou a intervenção, que sempre assumiu que não podia ser feita, 3 dias antes da peregrinação à serreta que torna ainda mais penalizadora esta situação”, volta a constatae.

“Tudo isto foi e é uma enorme falta de respeito pelos Terceirenses e mais uma prova de incapacidade e incompetência do Governo PSD/PP/PPM”, conclui.

PSD/AÇORES — ESTRADA DO RAMINO AO “ABANDONO”

Em resposta, o PSD/Açores, em conferencia de imprensa realizada este sábado, dia 07 de setembro, através do deputado do Paulo Gomes, afirmou que o Governo Regional da Coligação PSD/CDS/PPM foi “o primeiro a preocupar-se com a Estrada do Raminho, deixada ao abandono pelos governos do PS”.

O social-democrata falava após uma visita dos deputados da Coligação PSD/CDS/PPM eleitos pela ilha Terceira àquele troço de estrada, encerrado devido a uma derrocada, no âmbito da crise sísmica que afeta a ilha desde 2022, em que “a prioridade do Governo tem sido, sempre, a segurança das pessoas e a salvaguarda da vida humana”, disse.

“Como pudemos ver no local, há uma perigosidade muito elevada, com enormes pedras que têm vindo a cair, e consideramos uma grande falta de bom senso do PS em fazer um aproveitamento político desta questão”, referiu.

“Está em curso uma obra de restauro da estrada, com um prazo de execução de 45 dias, por cerca de 362 mil euros, já que a sua reabertura é essencial para permitir a evacuação da população, caso a crise sísmica se agrave”, explicou Paulo Gomes.

“Além de que o Governo Regional lançou, em julho, o concurso público para a reabilitação do talude desta estrada regional, com o valor base de quatro milhões de euros, visando repor as condições definitivas de circulação da via. Essa vai ser uma obra fundamental para a reabertura da estrada, em segurança para as populações”, acrescentou o parlamentar.

Segundo Paulo Gomes, “o mesmo Partido Socialista que, durante 24 anos, nada fez na Estrada do Raminho, apesar de alertado do perigo pelas juntas de freguesia e pela população, vem agora criticar demagogicamente a ação do Governo”, recordou Paulo Gomes.

“Agora na oposição, o PS continua sem pensar na segurança das pessoas, pois está a fazer um aproveitamento político da questão”, criticou o deputado, explicando que ao contrário do que dizem os socialistas, “as circunstâncias de há oito meses não se mantêm exatamente iguais, uma vez que se aguardavam novas eleições, provocadas pelo chumbo do Orçamento da Região, promovido pelo PS e pelo BE”.

Paulo Gomes alertou ainda “para a manutenção contínua que têm sido feita no acesso secundário a esta via, com melhorias na sinalização e no piso, sendo de uma demagogia atroz o PS vir falar na iluminação dessa estrada, quando sabemos que ela nunca existiu”.

“É ainda falso dizer que se demora uma hora e meia a fazer essa ligação, pois trata-se de um trajeto que se percorre em cerca de quinze minutos”, esclareceu.

Para o deputado do PSD/Açores, “o Governo Regional tem trabalhado de forma afincada para encontrar soluções técnicas para avançar com a obra, mas sempre mantendo uma postura de prudência perante a crise sísmica ainda em curso na Terceira”.

“Ao contrário disso, houve sempre uma postura irresponsável dos deputados do PS. Mas o facto é indesmentível, o Governo da Coligação tem colocado a segurança das pessoas sempre em primeiro lugar”, concluiu o social-democrata.

“Ao contrário disso, houve sempre uma postura irresponsável dos deputados do PS. Mas o facto é indesmentível, o Governo da Coligação tem colocado a segurança das pessoas sempre em primeiro lugar”, concluiu Paulo Gomes.

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