
Durante vários séculos pro-autonómicos, fomos dominados pelo centralismo do Terreiro do Paço! Após cinquenta anos de democracia/autonomia, verificamos ao longo do tempo, que a troca se fez pelo Palácio de Santana…
Para além de outros exemplos bem conhecidos, é vermos o que se está passando com esta geringonça da Ryanair/SATA/TAP!
A primeira, deixou Ponta Delgada e foi-se instalar no Porto, reduzindo progressivamente os seus voos para os Açores. No caso concreto da Terceira, quatro escalas semanais durante o Verão e apenas duas para o Inverno. A segunda (SATA, achou-se capaz de remediar a falta da primeira… mas embrenhou-se em tantos vos de cariz internacional, com passagem pela Ilha do Arcanjo, que lhe acabou faltando aviões, para assumir os seus compromissos. Tem-lhe valido o aluguer de algumas latas velhas, (perdão…) aviões espanhóis, a fim de ir dando conta do recado… Não conseguindo! Quando se diz que até pelo menos ao fim deste mês, de momento, não se consegue fazer uma reserva entre a Terceira e Lisboa, seja na SATA ou na TAP! Posto isto, imaginemos que se cria o tal HUB, sugerido pela Sra. Secretária…
A terceira (TAP) aguarda oportunidade, da previsível falência (se não se concretizar a venda) da SATA, para nos monopolizar à sua vontade!
São projeções feitas por pessoas bem conhecidas do nosso meio político e empresarial e, nunca confrontadas pelo poder político regional, que parece conformado com o tempo a correr e a situação sem se resolver com esta SATA Internacional, que pelos vistos vai continuando aumentando a dívida per capita dos Açorianos…
Só espero que esta nossa Terceira, batizada de Ilha de Jesus Cristo, que indignado expulsou um dia os fariseus do Templo… assim como a Brianda Pereira, conseguiu largando os toiros, expulsar os Espanhóis, sejamos fortes e unidos para lutarmos pela conquista dos nossos direitos, como parte integrante, que somos, desta região autónoma dos Açores! Nem que para isso, tenhamos de desafiar todos os deputados eleitos por esta Ilha, (sejam eles de quaisquer vertentes políticas) para o dever de defenderem a vontade de quem neles votou, e não a submissão ao poder instituído, de antes e de agora…
Fernando Mendonça
