HUB PARA OS AÇORES OU PURO CENTRALISMO?

As declarações do Dr. Álamo Meneses, Presidente da CMAH, ao Diário Insular de hoje, 21 de Agosto de 2024, são bem esclarecedoras da contínua tentativa de centralismo, pelas várias forças com maior peso político em São Miguel.

Quando se vem dizer que investir em São Miguel é investir nos Açores, logo também nas outras Ilhas, se não é de bradar aos céus… É de perguntar onde está o sentido autonómico desta Região Açores, no seu todo, implantado e consagrado na constituição da República Portuguesa em 1976, sendo Presidente do Governo Regional o Dr. Mota Amaral?

Os atropelos à consagração dos direitos e necessidades das outras Ilhas, são constantemente presentes nas declarações públicas de alguns jornais de Ponta Delgada, por representantes do Conselho de Ilha, da Associação Empresarial das Ilhas de São Miguel e Santa Maria, e até, pelas recentes declarações da Dra. Berta Cabral, Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, a sugerir o HUB de Ponta Delgada para a diversificação do turismo pelas outras Ilhas, declarações apoiadas por alguns jornalistas de renome na Ilha do Arcanjo…

Como exemplos, podemos citar o Porto da Praia que faz que anda e não anda, mas o de Ponta Delgada vai ter de andar a alta velocidade… Senão as forças vivas daquela Ilha, batem o pé com tanta força, que até o Palácio da Conceição treme todo… Podemos também referir a questão do Aeroporto das Lajes, com tantas obras programadas, que até já me esqueci tanto das datas como dos montantes… e ainda a questão do tal cabo submarino, que se caminha em direção à Terceira, cai o Carmo e a Trindade…

Penso que, tal como deu a entender o Dr. Álamo Meneses, os dois Concelhos desta Ilha Terceira, assim como os políticos que nos representam, quer no Governo, quer no Parlamento, tem de se unir com o mesmo propósito: Lutar em unicidade pela sua centralidade, pelo seu crescimento económico e sobretudo pela sua dignidade, como Ilha, antes pilar da vitória do Liberalismo e da consolidação de Portugal como país soberano.

Que se una a VITÓRIA ao HEROÍSMO. Não com espingardas e canhões, que no tempo lhes deram tais títulos, mas sim, com a arma mais poderosa no momento para a circunstância…

A do VOTO!

Fernando Mendonça

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