GOVERNO DOS AÇORES EMITE NOTA DE PESAR PELO FALECIMENTO DE ÁLVARO MONJARDINO

O Governo Regional dos Açores, através do Presidente, José Manuel Bolieiro, expressa profundo pesar pelo falecimento de Álvaro Monjardino, “uma figura incontornável na história da Região e um defensor incansável da Autonomia Açoriana”.

Nascido a 6 de outubro de 1930, na freguesia da Conceição, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, Álvaro Monjardino dedicou a sua vida à causa pública, deixando um importante legado para a afirmação da democracia e autonomia dos Açores.

Licenciado em Direito, com especialização em Ciências Jurídicas, Monjardino destacou-se pela sua inteligência e compromisso com os valores democráticos. Como Deputado à Assembleia Legislativa Regional dos Açores, representando os círculos eleitorais da Graciosa e da Terceira nas I, II e III Legislaturas, teve uma participação ativa e influente em diversas Comissões Parlamentares, contribuindo significativamente para o progresso político, económico e social dos Açores. A sua dedicação à causa pública foi constante, sempre orientada por um profundo sentido de responsabilidade e pelo desejo de ver a Região prosperar.

Nos períodos de 1976 a 1978 e de 1979 a 1984, enquanto Presidente da Assembleia Legislativa Regional dos Açores, Monjardino desempenhou um papel crucial na consolidação da autonomia regional, uma das suas grandes paixões. A sua postura foi marcada por uma visão clara do futuro dos Açores e por uma defesa intransigente dos direitos e interesses dos açorianos.

Para além do seu trabalho político, Álvaro Monjardino deixou um legado intelectual significativo através das suas obras, como “A Quinta Região” e “Problemas de Educação numa Região Insular”, que continuam a inspirar reflexões sobre os desafios das regiões insulares.

José Manuel Bolieiro sublinha que o exemplo de vida pública de Álvaro Monjardino é “uma referência para todos os que servem os Açores”.

“A sua dedicação, integridade e compromisso com o bem comum são virtudes que continuarão a inspirar gerações futuras”, frisa o governante.

Em nome do Governo dos Açores, o Presidente expressa as mais sentidas condolências à família e amigos de Álvaro Monjardino, afirmando que a sua memória permanecerá viva na história dos Açores e no coração de todos os que partilham a paixão pela nossa terra.

Também o Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA), Luís Garcia, manifestou o seu profundo pesar pelo falecimento do primeiro Presidente do Parlamento açoriano.

Para o Presidente Luís Garcia, citado em nota de imprensa, Álvaro Monjardino foi “uma referência política da Autonomia regional, que muito fez para a valorizar e aprofundar, enquanto Deputado e cidadão participativo”.

O Presidente Luís Garcia, em seu nome pessoal e em nome da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, expressou “as mais sentidas condolências e solidariedade” à família de Álvaro Monjardino extensivas à família política do PSD/Açores.

Álvaro Monjardino morreu sexta-feira, dia 16 de agosto, com 93 anos. De acordo com fonte familiar o velório decorreu na Igreja Misericórdia de Angra do Heroísmo. O funeral terá lugar este domingo, às 10:00 horas.

Nascido a 6 de outubro de 1930, na freguesia da Conceição, em Angra do Heroísmo, Álvaro Monjardino licenciou-se em Direito, em Lisboa, dedicando-se, posteriormente, à advocacia.

Filiado no Partido Social Democrata, foi Deputado à Assembleia Legislativa Regional dos Açores na I e II Legislaturas, pelo círculo eleitoral da Graciosa, e na III Legislatura pelo círculo eleitoral da Terceira, tendo sido eleito Presidente do Parlamento açoriano nas duas primeiras Legislaturas (1976/1978 – 1979/1984).

Na qualidade de Deputado integrou as Comissões Parlamentares de Assuntos Políticos e Administrativos, de Assuntos Económicos e Financeiros e de Assuntos Internacionais. Elencou, ainda, a Comissão Eventual para o Estudo das Instalações da Assembleia Legislativa Regional dos Açores e a Comissão Especial para a Revisão do Estatuto Político-Administrativo dos Açores.

Paralelamente, desempenhou as funções de Presidente das Comissões Parlamentares de Assuntos Económicos e Financeiros e de Assuntos Internacionais.

Foi ainda Vogal da Junta Regional dos Açores, nomeadamente na área da Coordenação Económica e Finanças.

Ocupou o cargo de Ministro Adjunto do Primeiro-Ministro no IV Governo Constitucional, chefiado por Carlos Mota Pinto, entre 1978 a 1979.

Além da carreira de advogado e do seu percurso político, Álvaro Monjardino foi presidente da Direção do Instituto Histórico da Ilha Terceira (1984-1999), e sócio correspondente da Academia Portuguesa de História. Foi um dos principais obreiros do processo que levou à classificação do centro histórico da cidade de Angra do Heroísmo como Património da Humanidade na lista da UNESCO. Foi diretor do diário A União, periódico da cidade de Angra do Heroísmo no qual mantinha assídua colaboração.

A 3 de setembro de 2021, por ocasião das comemorações dos 45 anos da Autonomia Regional, foi homenageado pela Assembleia Legislativa na inauguração da Biblioteca do Parlamento açoriano, designada, desde essa data por Biblioteca Álvaro Monjardino, numa cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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