
O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, acompanhado da Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, presidiu na terça-feira à inauguração da requalificação urbana da Frente Mar da Horta, exemplo de “entendimento” entre o Executivo e o poder local, no caso o município da ilha do Faial.
“Esta obra é um exemplo de compreensão e de entendimento, que fez tornar realidade o que hoje aqui inauguramos. Fazemos de mãos dadas o que provavelmente separados não seria possível”, lembrou José Manuel Bolieiro.
E acrescentou: “pôr em primeiro lugar a prioridade de servir o nosso povo, servir os nossos territórios, as nossas ilhas, os nossos concelhos e todas as nossas freguesias. Todos os Açores. Que ninguém fique para trás”.
A empreitada tem um investimento global superior a três milhões de euros, garantindo uma comparticipação financeira do Governo de perto de um milhão de euros, correspondentes a 50% do investimento não cofinanciado.
“O futuro da Horta é mais ambicioso do que a sua história. Com esta estratégia, com esta partilha, teremos futuro no desenvolvimento turístico no Faial. Teremos futuro auspicioso com a capacidade de realização de eventos globais”, sublinhou ainda o Presidente do Governo.
Como resultado desta “estratégia cooperante” entre o Governo Regional dos Açores e o município da Horta, futuramente existirá ainda outra intervenção na Frente Mar da cidade, independente da obra já inaugurada – mas que fará uma sinergia com esta -, e relativa ao edifício de enraizamento da Marina Norte.
“Celebramos a cidade europeia mais atlântica e mais ocidental. O atlantismo da Europa deu-lhe futuro, na sua história. Dar-lhe-á futuro na dimensão dos próximos tempos e das novas gerações”, afirmou o Presidente do Governo.
ILHA MOBILIZA-SE PARA A INAUGURAÇÃO DO TROÇO CENTRAL DA FRENTE MAR

Foi com uma enorme moldura humana, que a obra referente ao troço central da Frente Mar da Cidade da Horta, iniciada a 15 de março de 2022, foi oficialmente inaugurada.
Na ocasião, o presidente do Município da Horta, Carlos Ferreira, salientou que a intervenção incluiu a construção de uma praça central e de uma nova via rodoviária, numa área de intervenção de 17.360 m2, contemplando 5.041 m2 de calçada em cubo de basalto e 9.032 m2 de calçada portuguesa. Nesta empreitada, foram também plantadas 100 espécies arbóreas e transplantadas 42 unidades; 71 lugares de estacionamento e 3 lugares para táxi; 4 Ecopontos; ilhas ecológicas; saneamento básico e ainda a construção de uma ciclovia.

“Numa obra construída sem taipais, com transparência, e com acompanhamento permanente do Município, no sentido de garantir a sua boa execução, este foi um investimento concretizado com sentido de Estado, com a valorização do trabalho feito previamente e com a introdução dos aperfeiçoamentos considerados necessários e possíveis”, realçou o edil.
Na presença do Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, e da Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, Carlos Ferreira, lembrou, no entanto, que ficou por construir o edifício da Marina da Horta, que faria a ligação entre a nova praça agora inaugurada e a marina, uma das mais movimentadas da Europa.

“Tendo ficado deserto o concurso público lançado pela Portos dos Açores para a sua construção, importa desenvolver os procedimentos necessários para a sua materialização, pois o Edifício Marina e a escadaria sobre o mesmo são essenciais para concretizar a ligação entre esta praça e a Marina da Horta e é essencial para dar a dimensão que a Cidade merece”, reiterou.

O projeto de requalificação da Frente Mar da Cidade da Horta teve início a 6 de dezembro de 2012, quando a Câmara aprovou os Termos de Referência, e foi apresentado, publicamente, em janeiro de 2013, há mais de uma década, com o objetivo de intervir em toda a zona ribeirinha, numa extensão superior a 2 quilómetros, nas freguesias das Angústias, Matriz e Conceição.
Concluída esta fase, o Presidente da Autarquia anunciou que a prioridade do atual Executivo Municipal consiste em fazer o que falta da 1ª Unidade.
“É para nós importante resolver o problema do Parque de Estacionamento da Rua de São João, para o qual projetámos a construção de 16 habitações e estacionamento para 87 viaturas; e começarmos a olhar, já no presente mandato, para o troço entre a Igreja das Angústias e o Forte de Santa Cruz, que não foi intervencionado na 1ª Unidade”, revelou o autarca, salientando que este exige uma intervenção conjugada com o Governo Regional, “uma vez que no Largo Manuel de Arriaga ocorre uma confluência de espaços que torna obrigatória a devida articulação com a componente terrestre do Projeto de Reordenamento do Porto”, concluiu.
© GRA-CMH | Fotos: MM-CMH | PE
