CHEGA QUER SOLUÇÃO RÁPIDA PARA ESTRADA REGIONAL ENCERRADA ENTRE SERRETA E RAMINHO

O Grupo Parlamentar do CHEGA Açores esteve na semana passada junto à estrada regional que liga o Raminho à Serreta e pediu uma intervenção célere que devolva à população, e ao turismo, a circulação naqueles poucos metros de estrada – que se encontra encerrada desde Janeiro deste ano devido a uma derrocada, motivada pela crise sísmica em curso.

A visita aquele local decorreu no âmbitos das Jornadas Parlamentares do partido, que na última semana decorreram na ilha Terceira. No local, os deputados do partido de André Ventura, avaliaram os danos e justificaram o transtorno que tem causado aquela estrada encerrada, principalmente para os transportes coletivos escolares que levam cerca de duas horas para chegar com os alunos às escolas, uma vez que também não podem seguir pela via alternativa, que é um caminho florestal.

O CHEGA Açores já apresentou também um requerimento sobre este mesmo assunto, tendo ouvido alguns especialistas acerca de possibilidade de se usar a estrada parcialmente, por forma a facilitar a vida de quem precisa de usar aquela via para se deslocar de forma mais rápida naquela zona da ilha.

“Parem com os estudos e comecem as obras”, afirmou o Presidente do Grupo Parlamentar, José Pacheco, citado em nota de imprensa do partido, que alertou que a vida das pessoas não pode ficar em suspenso durante tanto tempo. O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar, Francisco Lima, entende que se poderia ter encontrado uma solução que não oferecesse perigo e que agilizasse a passagem de habitantes e turistas por aquela via.

A Estrada Regional entre o Cabo do Raminho e a Mata da Serreta ficou danificada pelo sismo que se sentiu na ilha Terceira no dia 14 de janeiro deste ano, ficando desde então interdita à circulação automóvel por razões de segurança.

De acordo com um estudo de análise técnica feito pela empresa Linha da Vida —Trabalhos em Altura, Lda, solicitado pela Secretaria Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, aquando da intervenção para limpeza e desobstrução da estrada, os mesmos apresentam vários riscos inerentes às intervenções necessárias aos trabalhos em altura, incluindo a instabilidade dos taludes e riscos geológicos derivados da atividade sísmica constante naquela zona.

Segundo o relatório do estudo, os taludes desta área, enquadrada no vulcão de Santa Bárbara, estão demasiado instáveis para se reabrir a estrada do Raminho à circulação. O risco identificado nos taludes é potenciado pela crise sísmica que ainda afeta aquela zona da ilha Terceira e pelos perigos existentes que “tanto podem atuar isoladamente, como de modo combinado”.

Os movimentos de vertente são um risco específico na área em questão e “a atividade sísmica ocorrida nos últimos meses tem desempenhado uma função desencadeante do perigo de movimentos de vertente, com maior severidade e expressão nos episódios de maior magnitude, mas, também, com menor severidade e de um modo mais recorrente, aquando de eventos de menor intensidade, os quais que têm sucedido frequentemente”, refere aquele mesmo relatório.

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