CONCERTO ROCK D’AREIA: INFORMAÇÕES PUBLICADAS DETURPAM OS ACONTECIMENTOS, DIZ CMPV

Na sequência da polémica gerado pela publicação do músico Nuno Bettencourt, na sua página oficial da rede social Facebook, onde lamentava a impossibilidade da realização da 2.ª edição do concerto Rock D’Areia, na sua cidade natal, tal como havia acontecido no ano anterior, a Câmara Municipal da Praia da Vitória (CMPV) enviou esta sexta-feira, às redações, um Comunicado de Imprensa, onde apresenta a sua versão dos factos, o qual publicamos abaixo.

“Perante a difusão pública do alegado impedimento por parte da Câmara Municipal da Praia da Vitória da realização de um concerto musical protagonizado pelos irmãos Bettencourt em instalações municipais, na qual são apresentadas informações parciais passíveis de induzir em erro o público, torna-se necessário explanar o sucedido.

1 – A 23 de maio, por correio eletrónico, a Filarmónica União Praiense (FUP) endereçou pedido à Vereação da Cultura para realização de um concerto Rock d’Areia no dia 01 de agosto pelas 21h30, com o intuito de angariação de receita para essa entidade. No pedido, indicava-se a necessidade de reserva da Academia entre 25 e 31 de julho para montagens e a realização do concerto a 01 de agosto.

2 – No mesmo dia, através do chefe da Divisão de Planeamento Estratégico e Relações Externas, onde se inserem os serviços culturais municipais, foi transmitida a impossibilidade de realização na data pedida dado tratar-se da véspera do início das Festas da Praia 2024 e que, durante o mês de julho, os recursos humanos e técnicos da Autarquia estão orientados para a montagem das Festas, além de que as instalações municipais (Auditório e Academia) reservadas para o mesmo fim.

3 – No mesmo dia, a FUP informava compreender a situação e questionava a possibilidade de realizar o concerto entre 29 de julho e 01 de agosto, sendo cedidos os espaços sem necessidade de qualquer recurso humano do Município.

4 – Nessa sequência, foi novamente transmitida a informação de que a antecipação do concerto por alguns dias não alterava a impossibilidade da sua realização na AJAIT e que o uso das instalações municipais sem supervisão de funcionários da Autarquia não seria autorizado.

5 – Em qualquer momento da troca oficial de correspondência foi dada informação por parte da FUP do cartaz para o concerto de 2024, da possibilidade da sua integração nas Festas da Praia, ou outro dado que originasse uma reavaliação do pedido diferente da informada.

6 – Acresce que, em 2023, o Município da Praia da Vitória cedeu a AJAIT para um concerto Rock d’Areia, que se realizou a 20 de julho, para angariação de fundos para a FUP, sem endereçar à entidade qualquer despesa, tendo, inclusivamente, patrocinado vários custos inerentes à realização de espetáculos, a que acresceram os custos com limpeza dado o estado das instalações no final do evento.

7 – Acresce ainda que, nessa edição, o Município não teve qualquer controlo do número de bilhetes vendidos, tendo inclusivamente verificado o desrespeito pelo cumprimento das normas de segurança, provada pela sobrelotação da sala.

8 – Acresce também que, oficiosamente, foi transmitida a informação que a desse concerto, os resultados financeiros para a FUP se tinham resumido à exploração do bar.

9 – Convém sublinhar ainda que, nessa altura, a autorização de utilização da AJAIT a 20 de julho já significou um acréscimo ao plano de trabalho definido. Mas, dada a intenção do concerto – angariação de fundos para a FUP –, o Município acedeu ao pedido, como tem feito com tantos outros apresentados pela Instituição.

Portanto, com a informação apresentada, fica notoriamente clarificada a posição do Município sobre o assunto, cuja avaliação teve na base critérios operacionais de gestão de meios e espaços.

Todas as acusações feitas neste âmbito resultam apenas ou da vontade expressa de deturpar e aproveitar por outros motivos o sucedido, ou do desconhecimento das informações. Em ambos os casos, os comentários evidenciam os propósitos.”

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