PAULO DO NASCIMENTO CABRAL PROPÕE CRIAÇÃO DE OBSERVATÓRIO EUROPEU DO MAR PROFUNDO NOS AÇORES

O candidato às eleições europeias pela lista nacional da AD – Aliança Democrática, Paulo do Nascimento Cabral, propôs esta quarta-feira a criação, nos Açores, de um Observatório Europeu do Mar Profundo, uma iniciativa “que estará em linha com a nossa capacidade de produção de conhecimento técnico e científico marinho”.

O social-democrata falava após uma visita ao Okeanos – Instituto de Investigação em Ciências do Mar, na cidade da Horta, onde foi acompanhado pelo Presidente do PSD/Açores, José Manuel Bolieiro, onde enalteceu “o trabalho desenvolvido, que tem sido muito importante ao nível da ciência e da investigação”.

Frisando que “a nossa candidatura coloca a investigação da Economia Azul, da investigação marinha, do mar profundo, como prioridades para o futuro da União Europeia, numa ligação que temos de trazer de volta para o centro do Atlântico”.

“Nessa linha está a intenção de criar nos Açores o Observatório Europeu do Mar Profundo, uma área cujo potencial é imenso e que nós temos de conhecer e investigar, aplicando-o também às necessidades atuais da Humanidade”.

“Já existe uma infraestrutura de observação, nomeadamente o Observatório Multidisciplinar do Fundo do Mar e da Coluna de Água, mas queremos ir mais além, do mar profundo, e com localização nos Açores”, explicou.

Segundo o candidato, existe igualmente a vontade de criar “um Observatório da Poluição Marinha, porque os Açores estão no meio do Atlântico, muitas vezes na confluência das correntes oceânicas, que nos trazem também lixo de outras localidades. E temos de saber ressalvar a integridade do ecossistema, numa dimensão europeia também na proteção do nosso mar”.

O candidato pela lista nacional da AD – Aliança Democrática comprometeu-se a um contato constante com a Universidade dos Açores e o Okeanos, “de forma a ter sempre um suporte técnico para as posições a defender no Parlamento Europeu”, e igualmente para a criação dos dois Observatórios referidos.

Paulo do Nascimento Cabral mostrou ainda preocupação pela dificuldade atual na compilação dos dados científicos, referindo que “temos defendido, junto da Comissão Europeia, a obrigatoriedade da aplicação de avaliações de impacto em todas as iniciativas”.

 “No âmbito das Regiões Ultraperiféricas (RUP) são necessários dados, que a Universidade dos Açores e o Okeanos têm capacidade de fornecer, mas pelo que ouvimos são muitos terabytes espalhados por vários servidores, que urge reunir”, adiantou.

 “Desses [dados], deve ser extraída a informação mais relevante, até para podermos apresentar posições que estejam sustentadas do ponto de vista técnico e científico”

O candidato social-democrático fez ainda referência ao ecossistema científico existente na ilha do Faial, “que reúne muitos alunos de mestrado e de doutoramento, que aqui vêm complementar os seus estudos, partilhando conhecimento e experiências”.

“Enquanto RUP, a capacidade de produção de conhecimento dos Açores é essencial, como grandes players centrais do Atlântico, também na exportação desse conhecimento”, concluiu.

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