“É urgente que quem governa os Açores pare de empurrar o Serviço Regional de Saúde para o precipício”, alertou António Lima, que defende mais “planeamento, investimento, organização e valorização dos seus trabalhadores”.

No discurso do Dia da Região, hoje na cidade da Horta, o líder parlamentar do Bloco destacou o Serviço Regional de Saúde como uma das maiores conquistas da democracia e da autonomia, mas salientou que o acesso à saúde é “cada vez mais frágil” e que isso “não foi apenas a partir do incêndio no hospital de Ponta Delgada”.

“É urgente encontrar soluções para o presente, mas acima de tudo um projeto para o futuro do Serviço Regional Saúde”, disse o deputado.

António Lima destacou também o facto de este ano se comemorarem os 50 anos do 25 de abril, para salientar a importância da democracia: “Não há democracia sem alternativas nem sem oposição”.

“Assistimos vezes demais, nos últimos tempos, por parte de quem governa os Açores, às tentativas de forçar – por vezes de forma velada mas também de modo frontal – a que a oposição se demita do seu papel na democracia”, lamentou António Lima, criticando o governo por classificar as propostas da oposição como “bitaites” ou “politiquice”, e por excluir o parlamento e em particular a oposição da informação essencial sobre o momento crítico atual relacionado com o incêndio no Hospital de Ponta Delgada.

O deputado do Bloco considera que “o recente desastre no hospital de Ponta Delgada é um duro golpe no Serviço Regional de Saúde” e saudou “todo o trabalho que fizeram o continuam a fazer os profissionais da saúde e da proteção civil para responder a este grave momento”.

António Lima concluiu dizendo que “basta de discursos vazios sobre a saúde” e que é preciso uma “alternativa ao caminho de abandono do Serviço Regional de Saúde que nos trouxe até aqui”.

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