CHEGA SUGERE DATA DE 06 DE JUNHO PARA DIA DOS AÇORES

Foi com a oração do Divino Espírito Santo, que se celebra hoje em todas as ilhas da Região, que o líder parlamentar do CHEGA, José Pacheco, iniciou o seu discurso do Dia dos Açores, que se assinala também hoje na Assembleia Legislativa Regional.

José Pacheco indicou que apesar do Estado ser laico, o Povo Açoriano é maioritariamente cristão – “isto não impede, nem nunca impediu, a liberdade de outros, os mesmos que tentam castrar a nossa liberdade religiosa, cultura e tradição” – acrescentando que “a Festa do Divino é, e sempre foi do Povo, organizada e vivida por ele”.

Endurecendo o discurso, José Pacheco disse não entender como quem se diz “laico ou até mesmo ateu”, tem “a ousadia” de retirar a festa do Povo, das mãos do Povo “ e serem eles próprios os Mordomos da Festa. Isto tudo em nome de meia dúzia de imagens que ainda se chama propaganda política, não lhe queiram dar outro nome porque não tem. Tenho uma palavra para tal: VERGONHA!”.

Por ser efectivamente uma festa do Povo, principalmente nas ilhas do Triângulo onde neste dia a festa tem o seu expoente máximo, o CHEGA entende que deveria ser reservada outra data para a celebração do Dia dos Açores e da deposição de insígnias, sugerindo o dia 6 de Junho para tal, “antes que caia no esquecimento das novas gerações”.

No entanto, hoje ainda é o dia de homenagens a “quem teve o mérito, quem se destacou na sua vida social, cultural ou empresarial, muitos deles a troco de nada ou de muito pouco, empenharam uma vida em prol dos outros”.

Mas, referiu o parlamentar, há quem seja hoje homenageado apenas porque “tinha uma tarefa a executar, pago para tal, mas que as vontades partidárias acharam por bem colocar no mesmo patamar dos verdadeiros merecedores”.  José Pacheco optou por homenagear no seu discurso, os milhares de Açorianos “que são esquecidos todos os dias”, mas que executam a sua função “bem feita todos os dias, e a eles, a única coisa que sabem pedir é o voto, e, na maior parte das vezes, nem um obrigado recebem”.

O CHEGA relembrou ainda a polémica que surgiu – e denunciada pelo CHEGA – a propósito das comemorações do Dia dos Açores no Faial, que ia obrigando os doentes de São Miguel deslocados no Faial devido ao incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, a abandonar as unidades hoteleiras onde foram instalados para realizar os seus tratamentos.

“Felizmente foi bem resolvido, mas porque mais uma vez o CHEGA fez o seu papel de denunciar quando há algo errado na nossa terra”, reforçou José Pacheco.

“Estávamos atentos e publicamente o denunciamos, e demos o exemplo sendo os primeiros abdicar do que tínhamos, em prol de quem mais precisava. É esta a postura que estamos na vida e na política. Saudamos todos aqueles que nos seguiram e fizeram da mesma forma”, destacou o líder parlamentar do CHEGA, que acrescentou: “perdoem estes governantes porque eles não sabem o que fazem”, concluiu.

INTERVENÇÃO NA ÍNTEGRA

Texto integral da intervenção do deputado do CHEGA, José Pacheco, proferida hoje, na Horta, na sessão solene comemorativa do Dia da Região Autónoma dos Açores:

“Açorianos, meu querido Povo

“Vinde, Espírito Santo! Enchei os corações dos Vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso amor…”

É assim que se inicia a oração que ecoa pelos Açores desde o Domingo de Páscoa e, especialmente hoje, no dia em que celebramos o Divino Espírito Santo. A Festa do Divino é, e sempre foi do Povo, organizada e vivida por ele.

Esta é a prova que vivemos numa terra de Fé, um Povo maioritariamente cristão e se dúvidas houver saiam dos gabinetes e percorram as nossas terras para o confirmar. O Estado pode ser laico, mas a maioria dos Açorianos não o é. Isto não impede, nem nunca impediu, a liberdade de outros, os mesmo que tentam castrar a nossa liberdade religiosa, cultura e tradição.

Não compreendo quando alguns rasgam as vestes dizendo serem laicos ou até mesmo ateus, mas numa festividade como a do Divino têm a ousadia de a retirar das mãos do Povo e serem eles próprios os Mordomos da Festa. Isto tudo em nome de meia dúzia de imagens que ainda se chama propaganda política, não lhe queiram dar outro nome porque não tem. Tenho uma palavra para tal: VERGONHA!

Hoje devíamos celebrar só, e apenas, o Dia do Divino e reservar outra data para o Dia dos Açores.

Se queremos celebrar politicamente esta nossa abençoada terra então que seja o 6 de Junho antes que caia no esquecimento das novas gerações.

Senhor Presidente

No entanto, aqui estamos e hoje homenageamos quem teve o mérito, quem se destacou na sua vida social, cultural ou empresarial, muitos deles a troco de nada ou de muito pouco, empenharam uma vida em prol dos outros. Hoje agradecemos em nome dos Açores e dos Açorianos. E desta tribuna digo aos próprios ou aos seus familiares: OBRIGADO POR SEREM UM BOM EXEMPLO PARA TODOS NÓS.

Mas não posso deixar de dizer que retiramos prestígio e dignidade a quem a recebe por mérito e esforço, ao homenagear quem tinha uma tarefa a executar, pago para tal, mas que as vontades partidárias acharam por bem colocar no mesmo patamar dos verdadeiros merecedores.

Assim sendo, é bom relembrar que são esquecidos todos os dias quem nos limpa a casa, quem nos recolhe o lixo, quem nos põe a comida na mesa, quem não o fez por uma medalha, mas sim por ser a sua função. Se o critério é o bem executar de uma tarefa certamente conhecemos milhares de Açorianos que a fazem bem feito todos os dias e a eles a única coisa que sabem pedir é um voto, na maior parte das vezes nem um obrigado recebem. Mas a todos eles, daqui digo: MUITO OBRIGADO, BOM POVO AÇORIANO

Senhor Presidente

Hoje não poderia deixar passar em branco o que há poucos dias ia acontecendo aos doentes deslocados na ilha do Faial, fruto da catástrofe que aconteceu ao hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.

Felizmente foi bem resolvido, mas porque mais uma vez o CHEGA fez o seu papel de denunciar quando há algo errado na nossa terra.

Estávamos atentos e publicamente o denunciamos, e demos o exemplo sendo os primeiros abdicar do que tínhamos em prol de quem mais precisava. É esta a postura que estamos na vida e na política. Saudamos todos aqueles que nos seguiram e fizeram da mesma forma.

Mas como político não posso deixar de dizer: PERDOEM ESTES GOVERNANTES PORQUE ELES NÃO SABEM O QUE FAZEM.

VIVA O POVO AÇORIANO, VIVA O DIVINO ESPÍRITO SANTO, VIVA OS AÇORES, VIVA PORTUGAL

Disse,”

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