Após a tomada e posse do novo governo, o seu Presidente, José Manuel Bolieiro, sabendo do esforço que vai ter de fazer para levar por diante o seu projeto, repetiu por uma dúzia de vezes, a palavra “estabilidade”!

Confiança no seu Governo, estabilidade a ser dada pela oposição, a qual no seu entender, deve assumir o seu papel com responsabilidade. Não fez mais nem menos do que se deve fazer, quando se é apenas possuidor de uma maioria relativa!

Com alguma cautela, responderam os partidos da oposição ao desafio de Bolieiro, sempre na expetativa, embora digam o contrário… Dos resultados das Legislativas Nacionais. São essas sem dúvida, que irão despoletar algumas decisões finais sobre a continuidade deste Governo, pelo menos até ao fim do ano… Depois, logo se vê!

Embora todos saibamos ser improcedente no momento, não deixar passar o orçamento e fazer cair o Governo. Penso que Bolieiro arrisca bem, não só usando o argumento do sentido de Estado, como ainda, não ter dúvidas, de que sendo vencido, sairá vencedor no passo seguinte. E aqui, provavelmente sozinho! Os opositores também sabem disso…

Um novo Governo com nove secretarias, duas novidades e algumas mudanças na sua estrutura, nomeadamente retirando algum peso político à Vice-Presidência. Quiçá atendendo aos recados enviados por vários militantes do Partido Social Democrata…

Ressalvo a intervenção do novo Secretário para os Assuntos Parlamentares, apelando ao reconhecimento da sua experiência e vontade profunda de encimar um diálogo com todos os interlocutores, para o bom desempenho e entendimento entre a AR e o Governo! Confesso que tive de aproximar bem a vista do ecrã para confirmar, que estava falando o mesmo ex-deputado do Corvo, aquando da Legislatura anterior…

Claro que o ser humano é capaz de sofrer transformações, principalmente quando sujeito à sua permanência… Que haja paz e harmonia entre todas as partes envolvidas, a começar pelo sucesso da nova Assembleia Legislativa Regional. Sejam deveras, dignos representantes do povo que os elegeu, e não nos envergonhem, como por várias vezes o fizeram na legislatura anterior.

Sempre pelos Açores.

Fernando Mendonça