
Votar não é só um direito, como é também um dever cívico de qualquer cidadão.
No próximo Domingo, dia 4 de Fevereiro de 2024, vamos ter eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, uma vez que a mesma não findou a passada legislatura de quatro anos, devido á queda do orçamento proposto pelo Governo, originando a sua dissolução por S.Ex.ª o Sr. Presidente da República.
Durante várias semanas, todos os partidos concorrentes a estas eleições andaram pelas nove Ilhas destes Açores, apregoando as suas ideias, fazendo as promessas que mais poderiam interessar a cada uma delas… Muitas consideradas irrealistas, considerando a situação económica da Região e da maioria dos seus habitantes, nomeadamente na habitação, na saúde e na educação, com os problemas que todos conhecemos e sabemos serem projetos de longa e difícil execução.
Considera-se normal o entusiasmo dos partidos na concorrência às eleições e no apelo ao voto nas suas estruturas e nos seus projetos. Só se discorda que se tenha feito uma campanha (talvez por ser um pouco inesperada e logo à pressa…) no contínuo ataque ao adversário, nomeadamente entre as forças maiores, que são o Partido Socialista e a Coligação composta pelo PSD, CDS e PPM. Penso que os eleitores, após quase cinquenta anos de implantação da democracia em Portugal com o 25 de Abril, cansados de eleições ora no tempo, ora antecipadas e, de promessas na maioria dos casos só no papel, dispensam essas guerrilhas e interesses partidários, pois querem sim, alternativas concretas, soluções para a sua qualidade de vida na habituação, na saúde, e na educação, como foi referido mais atrás.
Também bastante escrevi sobre estas eleições durante as últimas semanas. Manifestei a minha opinião em relação à coligação que se apresenta como solução para os grandes problemas que a Região atravessa no momento. Como Social Democrata convicto, discordei da sua execução, considerando que o histórico do partido e os seus conceitos basilares não se enquadram na direita conservadora, tanto do CDS como do PPM, muito menos na hipotética união com o CHEGA, só porque tenha de constituir governo a qualquer custo… mas essa foi a minha opinião, que tem apenas o valor que tem, perante a partidocracia de quem conduz e de quem decide, embora contra a vontade de muitos velhos militantes…
Hoje, véspera do ato leitoral, é tempo dado aos leitores para refletirem sobre o que ouviram e perceberam dos vários candidatos a estas eleições, da sua experiência, da sua honestidade e sobretudo do seu caráter, a fim de em consciência depositarem o seu voto nas urnas, como cidadãos cumpridores do seu dever e da sua responsabilidade!
Eu, mesmo contrariado com o meu ex-partido vou depositar o meu voto, embora escolhendo outra opção, das várias que se apresentam a este ato eleitoral, porque entendo ser meu dever e minha obrigação!
Os eleitores serão o justo denominador comum dos resultados finais que saírem das urnas no dia 4 de Fevereiro.
Pela democracia, pelos Açores.
Vamos todos votar!
Fernando Mendonça
