
O Grupo de Cidadãos Eleitores (GCE) “Esta é a Nossa Praia”, votou segunda-feira, na reunião extraordinária da Assembleia Municipal da Praia da Vitória (AMPV), contra a primeira revisão do Orçamento da Câmara Municipal da Praia da Vitória (CMPV) para o ano de 2024, por a mesma não ir ao encontro do prometido pela presidente da edilidade na última assembleia e representar uma oportunidade perdida no tão necessário investimento público, essencial para alavancar e dinamizar o concelho.
Na nota de imprensa esta terça-feira enviada às redações, o GCE refere que na reunião ordinária da AMPV, ocorrida em dezembro último, aquando da apresentação do orçamento para 2024, ainda não estavam inscritas as verbas previstas do Orçamento do Estado a receber pelo município praiense.
Neste âmbito, os deputados municipais independentes, alertaram o executivo camarário para a verba proveniente do Orçamento do Estado, cujo valor viria a ser inscrito posteriormente no orçamento municipal, e apresentou ao executivo possíveis aplicações da verba em questão, na ordem de 1.800.000,00 Euro (um milhão e oitocentos mil euros).
O GCE entende que esta verba deveria ser direcionada para apoios a instituições culturais e desportivas do concelho, dinamização do comércio e aplicação de investimentos na Praia da Vitória, como, por exemplo, a recuperação do parque escolar, da marina e dos areais da baía da Praia da Vitória, do bar da Prainha e da casa do Doutor Eugénio, entre outras possíveis aplicações.
Segundo recorda o GCE, na ocasião senhora presidente da CMPV concordou com a proposta apresentada pelo GCE, tendo estes, por sua vez, assumido votarem a favor da primeira revisão ao Orçamento Municipal para 2024 se vissem a referida proposta inscrita no documento, com vista à sua concretização.
Na primeira Assembleia Municipal extraordinária de 2024, realizada no dia 29 de Janeiro, foi apresentada a primeira revisão ao orçamento municipal, na qual já se encontra inscrita a verba proveniente do Orçamento do Estado. O GCE percebeu que, no que concerne à verba proveniente da República, a opção do executivo municipal passa por aplicar grande parte desta verba para amortização de dívida.
Perante a intenção manifestada pelo executivo camarário, o deputado Bruno Borges do GCE confrontou a Senhora Presidente da CMPV, tendo esta justificado a intenção perante o compromisso de a Câmara Municipal da Praia da Vitória assumir as dívidas das restantes entidades do grupo municipal: Cooperativa Praia Cultural, da Praia em Movimento e da Sociedade para o Desenvolvimento do Concelho da Praia da Vitoria, acrescentando que a amortização da dívida é uma imposição, por força da internalização que ocorre. Situação que carece de veracidade visto que o orçamento de 2024, apresentado em Dezembro para aprovação, fazia face às obrigações camarárias e consequentemente das empresas do grupo municipal.
Acontece que, ainda antes de ser conhecido o valor das verbas provenientes do Orçamento do Estado, já estava em curso a internalização das referidas dívidas. Portanto, esta não pode ser a justificação para, mais uma vez, o investimento na Praia da Vitória ficar relegado para segundo plano. Há que admitir que estamos perante uma opção meramente política deste executivo, que relega para segundo a possibilidade de investimento e dinamização do concelho.
“A Praia da Vitória perde assim uma oportunidade que poderia ser de viragem. Por esta razão os deputados do Grupo de Cidadãos Eleitores “Esta é a Nossa Praia” votaram contra a primeira revisão do Orçamento Municipal da Praia da Vitória para 2024”, lê-se por último na nota de imprensa enviada às redações.
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