FLORES: ATUAL MODELO DE TRANSPORTE MARÍTIMO DE MERCADORIAS ESTRANGULA A ECONOMIA DA ILHA, DIZ JPP/AÇORES

Para o líder regional do Juntos pelo Povo (JPP) Açores, Carlos Furtado, e para o cabeça de lista pelo partido na ilha das Flores às eleições regionais de 04 de fevereiro, Bruno Correia, o atual modelo de transporte marítimo de mercadorias estrangula a economia da ilha.

A ideia foi defendida sábado, numa visita aos efeitos da depressão Hipolito e da derrocada e desmoronamento de terras contíguas às casas de aprestos dos pescadores do Porto das Poças, em Santa Cruz das Flores.

Bruno Correia diz que a ilha das Flores é a única ilha dos Açores que é abastecida somente de 15 em 15 dias por via marítima, e essa periodicidade de escalas raramente é cumprida. Com bastante frequência o abastecimento da ilha é realizado pelo navio Margarethe somente de 20 em 20 dias ou de 30 em 30 dias, com um impacto profundo no tecido económico da ilha, já de si muito fragilizado.

Esta condição traduz-se, exemplifica o candidato a deputado pelo círculo eleitoral das Flores, em encomendas com atrasos de quase dois meses, géneros perecíveis que chegam sem condições de serem consumidos, acarretando custos insuportáveis para os comerciantes, ou mesmo produtos essenciais para o normal funcionamento de empresas e serviços, acarretando enormes prejuízos para empresários, mas também para a população em geral.

Atendendo à capacidade operacional do navio Thor, torna-se por mais evidente a necessidade de complementar as viagens do navio Margarethe, com duas escalas do Thor, duplicando o transporte mensal por via marítima e, desta forma, atenuar as dificuldades auscultadas junto dos agentes económicos, permitindo uma gestão mais eficaz e eficiente dos seus stocks, bem como a geração junto da população de um sentimento de aumento de confiança relativa ao transporte de bens.

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