
A Praia Ambiente, através de uma candidatura apresentada à GRATER, vai concretizar um reforço, no valor de cerca de 50 mil euros, na sua rede municipal de contentores e ecopontos, os quais formam as ecoilhas, bem como iniciar uma campanha de sensibilização ambiental junto da população sobre a deposição e valorização dos resíduos.
O documento, que conta com uma comparticipação do Fundo FEADER em 85%, o que se traduz num valor de cerca de 34 mil euros a fundo perdido, ao qual se juntam também quase 6 mil euros de apoio financeiro público regional, procura aumentar a taxa de recolha seletiva de embalagens, a redução dos resíduos encaminhados para a Teramb, e baixar a pegada de carbono proveniente do sistema de recolha de resíduos.
O administrador da Praia Ambiente, Tiago Borges, explica que “ao aumentar o número de ecoilhas disponíveis” e “modificar as características técnicas dos ecopontos para uns de menor dimensão”, é possível garantir que os munícipes residentes no centro urbano de Santa Cruz tenham “maior acessibilidade ao serviço de recolha seletiva”. Já do ponto de vista operacional, o responsável defende que com ecopontos de menor dimensão, “haverá um aumento dos mesmos colocados na via pública do centro”, caracterizada maioritariamente por arruamentos estreitos, “o que leva a que se evitem transtornos e se colmatem as queixas da população”.
Quanto aos ecopontos existentes, Tiago Borges assegura que estes irão transitar para as localizações em falta nas freguesias do concelho, fazendo com que a taxa de cobertura de acesso ao equipamento seja maior.
“Há diversos estudos que compravam que o sistema de recolha seletiva por ecopontos é o que menos impacto ambiental tem, sobretudo quando comparado com a recolha porta a porta ou outros sistemas. Perante esta conclusão, ficamos conscientes de que devemos apostar nesta alternativa que beneficia o ambiente e reduz custos operacionais, nomeadamente através da poupança de combustível”, acrescentou o responsável da Praia Ambiente
Relativamente à campanha de sensibilização ambiental, o habitual folheto distribuído à população será substituído por íman a ser entregue em todas as habitações do município, sendo este considerado um meio de comunicação de maior eficiência e durabilidade.
O Vice-Presidente da Câmara Municipal, Ricky Baptista, responsável pela pasta do Ambiente, aponta que se tem verificado um aumento dos incumprimentos com o horário de recolha e a ausência de separação de resíduos, pelo que “é fundamental contrariar este desinteresse pela separação de resíduos” e “alertar para os impactos negativos que este comportamento tem na saúde pública e ambiente”.
“Dentro daquelas que são as necessidades verificadas na gestão do sistema de recolha de resíduos e de consciencialização da população, o que é proposto é que consigamos promover cada vez mais o aumento do peso dos resíduos urbanos encaminhados para a reciclagem, valorizando-se assim os mesmos. Paralelamente, queremos contribuir para o cumprimento dos objetivos do Plano Estratégico de Prevenção e Gestão de Resíduos dos Açores, bem como para a redução até 30% das emissões de gases de estufa”, explicou o autarca.
Ricky Baptista reitera ainda que os objetivos preconizados só serão alcançados com uma “participação pública e consciente”, deixando um apelo aos munícipes para esta matéria, ao mesmo tempo que garante que a Autarquia praiense vai disponibilizar “informação adequada e credível sobre a separação de resíduos” e também sobre os horários de recolha em cada freguesia.
© GC-MPV | Foto: GC-MPV | PE
