OUTONO VIVO 2023: ANTÓNIO NEVES LEAL APRESENTA 1.º VOLUME DE “MEMÓRIAS”

Decorreu na tarde deste domingo, dia 29 de outubro, no bar da Academia de Juventude e das Artes da Ilha Terceira, no âmbito do festival cultural Outono Vivo 2023, a apresentação do mais recente trabalho literário de António Neves Leal, intitulado “Memórias — O percurso variado e empenhado de um professor. 1.º volume”.

No painel de apresentação da obra estavam, para além do autor, Luís Filipe Bettencourt Cota Moniz, que teceu algumas considerações sobre o autor e o livro, Joana Isabel Alcobia Leal e Paulo Renato Fagundes Gonçalves que leram, alternadamente, quatro excertos da obra. Quer o autor, quer o painel foi apresentado ao público presente pela vereadora da CMPV com o pelouro da Cultura, Paulo Sousa.

António Neves Leal é natural da Vila de São Sebastião tendo-se licenciado, em 1970, em Filologia Românica, pela Faculdade de Letras de Lisboa, onde mais tarde concluiu o curso de Ciências Pedagógicas.

No ano de 1974, em França, frequentou cursos de pós-gradução destinados a professoras bolseiros do Estado Francês, no Centro de Estudos Franceses de La Rochele, da Universidade de Poitiers, e também em 1979, na Sorbonne Nouvelle, em Paris, onde fez ainda um estágio pedagógico de 10 meses.

Entre 1975 e 1979, foi professor do Liceu Internacional de Saint-Germain-en-Laye e o primeiro diretor da secção portuguesa.

Ensinou em várias escolas em Lisboa e no Barreiro. Licenciou dois anos no CIFOP na Universidade dos Açores.

Foi fundador e seu ilustre diretor do jornal “Direto”, no meio conhecido como o jornal “sem medo”, de 1982 a 1986. Tem colaborado na revista “Atlântida” do Instituto Açoriano de Cultura, em jornais açorianos, madeirenses, continentais e das comunidades portuguesas.

Proferiu conferências de carácter histórico-cultural no nosso país, mas também em França e no Canadá, quatro delas inseridas no quinzenário “Jornal da Praia” e referidas no livro “Memórias…”.

Foi delegado de grupo e formador no antigo liceu, com especial destaque na Escola do Magistério Primário e Educadores de Angra, na qual ministrou, durante 10 anos, as disciplinas de Português e de Literatura para a Infância.

Participou na década de 80, em encontros nacionais da Fundação Calouste Gulbenkian.

Nas aulas, conferências, entrevistas e em três dos livros editados, a poesia, a música, e o amor aos Açores e a Portugal surgem como denominador comum.

Pertenceu a associações culturais e políticas de Portugal e França.

Escreveu notas de leitura e críticas editoriais de vários livros, publicadas em jornais dos Açores e da Madeira.

Foi po primeiro estudioso a interessar-se pelo espólio do Pe. Tomás de Borba, professor do Conservatório Nacional.

É sócio do Instituto Açoriano de Culturas e do Instituto Histórico da Ilha Terceira.

Luís Filipe Bettencourt Cota Moniz exerceu as funções de Conservador do Registo Civil da Praia da Vitória e de Angra do Heroísmo. Como advogado participou no II Congresso dos Advogados Portugueses, na qualidade de presidente dos delegados do Conselho Distrital dos Açores.

Em 1996, fez parte da comissão instaladora do Orfeão da Praia. Foi diretor do “Jornal da Praia” no final da década de noventa do século XX e começo do século XXI.

Tem presidido a Assembleia Geral da associação “Grupo de Amigos da Praia”, proprietária do periódico “Jornal da Praia”.

Enquanto advogado, patrocinou pro bono, a defesa de jornalistas em processos judiciais, batendo-se com coragem, afinco e determinação pela liberdade de informação, enfatizando a importância social do papel da imprensa.

É de destacar a sua participação e envolvência em muitas instituições de beneficência e solidariedade social.

Em 2022 recebeu o diploma de sócio honorário, pela Sociedade Recreio dos Artistas de Angra do Heroísmo.

É sócio do Instituto Açoriano de Culturas e do Instituto Histórico da Ilha Terceira.

Tem sido convidado a apresentar obras literárias e históricas de vários autores na ilha Terceira e nos Açores.

“Como todas as Memórias, género literário pouco comum entre nós, vão do intimista e pessoal ao retrato e testemunho de épocas, costumes e acontecimentos vivenciados. Como o próprio autor o classifica é um «percurso variado e empenhado» da vida dum professor nado e criado na ‘Vila’, esculpido no basalto das ilhas, nas vistas que de rapaz guardou para sempre nas pedras do torreão da vinha do seu avô. Francisco Coelho Drumond, o tio Chico Clementina, namorando o mistério maravilhoso que ainda hoje se esconde para lá do que do ilhéu da Mina, muito para além do que felizmente restará depois destes oitenta anos vividos”, disse Cota Moniz a propósito da obra, entre muitas outras palavras, na sua brilhante locução, de resto, como é seu apanágio.

Joana Isabel Alcobia Leal é natural da ilha Terceira onde reside, sendo desde 2099, psicóloga de educação no SPO da EBS Tomás de Borba, em Angra do Heroísmo.

Foi aluna do Conservatório Regional de Angra do Heroísmo, desde cedo revelando gosto pelo mundo das artes musicais e expressivas tendo, sobretudo, na adolescência e juventude, escrito textos poéticos.

Frequentou, em modo online, a formação “Escrita em Ação”, promovida pela escritora Analita Alves dos Santos.

Integrou a tuna feminina da Universidade dos Açores, “Tuna com elas”, enquanto estudante do curso de Psicologia.

Desde fevereiro de 2019, é colaboradora do “Jornal da Praia”, em artigos de opinião. Mais recentemente, tem partilhado, no mesmo jornal, na página “Maré de Poesia”, alguns dos seus poemas. Colaborou ainda no jornal “Açoriano Oriental”, “Diário Insular” e “Tribuna das Ilhas” com os artigos “Ser psicológico é…” e “A propósito do Dia Nacional do Psicólogo”, em colaboração com a Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.

Paralelamente, tem feito  teatro amador, tendo participado como atriz, nos grupos de teatro “Orpheu 2ª Geração”, “Máscara Solta” e “A Sala”, neste último, do qual ainda é membro, escreveu uma peça de teatro em formato de sketch, denominada “Cobras e Lagartos”.

Paulo Renato Fagundes Gonçalves é natural da ilha Terceira, onde reside e exerce a sua atividade profissional.

É licenciado pela Universidade de Aveiro em ensino de português, Latim e Grego, tendo também uma licenciatura em Ciências Sociais, pela Universidade Aberta.  É pós-graduado em Educação Especial, domínio cognitivo-motor, pelo Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração.

Desde 2005, tem trabalhado na área da docência nas escolas públicas e no ensino profissional e de adultos, participando também em diversas ações de índole social em instituições particulares de solidariedade social locais.

Presentemente, é docente de Português na EBS Vitorino Nemésio.

© PE