Os trabalhadores despedidos da Cooperativa Praia Cultural (CPC) voltaram, esta quarta-feira, dia 13 de setembro, à rua de Jesus, para manifestar-se contra a decisão da autarquia de despedimento coletivo de 36 funcionários.

A manifestação, a segunda realizada no espaço de uma semana, foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), que está em total solidariedade para com os trabalhadores despedidos e suas famílias.

Em conferência de imprensa realizada a 04 de setembro, a presidente do município da Praia da Vitória (PSD/CDS-PP), Vânia Ferreira, anunciou que a autarquia iria internalizar até ao final do ano a CPC, integrando 91 funcionários e confirmou o despedimento de 37, anunciado aos próprios em reunião a 01 de setembro. Além desses, outros 35 já tinham aceitado rescisões por mútuo acordo e dois foram absorvidos por entidades externas.

Entretanto, um dos despedidos reclamou do despedimento por razões de antiguidade, tendo a decisão sido revertido, diminuindo o despedimento coletivo para 36 trabalhadores. No entanto, nem todos os funcionários despedidos aceitam o critério anunciado pelo executivo camarário, pois declaram que colaboradores mais novos no serviço conservam o seu posto de trabalho, sentindo-se profundamente injustiçados, para além de verem a sua vida andar para trás.

Esta poderá não ser a última vez que estes trabalhadores se manifestam, pois das muitas palavras de ordem proferidas, uma das frases vincada várias vezes foi que agora “a luta se faz na rua”.

A possibilidade de despedimentos na CPC é algo que ensombra estes trabalhadores desde o início do mandato do atual executivo camarário, o qual mandou fazer uma auditoria às contas do grupo municipal (Câmara Municipal, Praia Cultural e Praia Ambiente), que identificou um passivo de 33,2 milhões de euros.

Na manifestação onde estiveram cerca de cinco dezenas de pessoas, para além dos dirigentes do STAL e da CGTP, marcaram presença representantes da CDU, BE e do PS.

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