BE/TERCEIRA CONTRA DESPEDIMENTO DE 37 TRABALHADORES DA CPC

O Bloco de Esquerda da ilha Terceira considerou esta segunda-feira, em comunicado de imprensa, que o despedimento de 37 trabalhadores da Cooperativa Praia Cultural (CPC) confirmados pela presidente da autarquia da Praia da Vitória é “uma vergonha para o município, que não cumpre os compromissos assumidos com estas pessoas no passado”.

O BE/Terceira sublinha que estes despedimentos “são uma decisão da responsabilidade exclusiva do atual executivo, que não é suportada pelo Fundo de Apoio Municipal [FAM], a que o município vai pedir auxílio para a sua reestruturação financeira”.

Em conferência de imprensa esta segunda-feira, a presidente da Câmara Municipal da Praia da Vitória anunciou que até ao final do ano irá internalizar a CPC, integrando 91 funcionários e despedindo 37, que se somam a outros 35 que já tinham aceitado rescisões por mútuo acordo e a dois absorvidos por entidades externas, sendo que até ao final deste mês de setembro deverá ser apresentado ao FAM um plano de ajustamento municipal.

No comunicado, O BE/Terceira recorda que no passado mês de junho ficou a saber-se – através de uma resposta do próprio FAM a um requerimento do partido – “que nenhum dos 13 Programas de Ajustamento Municipal concretizados até hoje implicou despedimento de trabalhadores”.

O FAM foi mesmo muito claro ao afirmar que “não acordaria qualquer medida que envolvesse redução de pessoal”, destaca a estrutura bloquista da ilha Terceira.

Perante esta realidade, o BE/Terceira diz que a presidente da Câmara Municipal “volta a fazer chantagem dizendo que sem estes despedimentos a autarquia não teria possibilidade de cumprir os compromissos com os restantes trabalhadores e com os seus fornecedores, o que revela que os compromissos assumidos com os trabalhadores não são para cumprir”.

O BE/Terceira liderado pela deputada Alexandra Manes, sublinha que por mais difícil que seja a situação financeira da autarquia, “é sempre possível, com o apoio do FAM, encontrar soluções a longo prazo para resolver os problemas criados pela sucessiva má gestão dos executivos camarários anteriores, sem despedir trabalhadores”, acrescentado, que é “o próprio FAM – que aprova o programas de reestruturação financeiros – que o afirma”.

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