ILHA DO PICO COM NOVA FÁBRICA DE CONSERVAS “CONSERAN”

Foi esta quarta-feira inaugurada, na freguesia das Bandeiras, concelho da Madalena, ilha do Pico, a nova fábrica de conservas “Conseran”.

A cerimónia contou com a presença do presidente do Governo Regional, dos secretários regionais das Finanças e do Mar e de diversos outros convidados.

A nova fábrica representa um investimento de 15 milhões de euros que irá criar mais de cem de postos de trabalho, na Ilha Montanha, contando com zona de estacionamento, área de receção de peixe, câmaras de refrigeração e de descongelação, zonas de cozedura, câmaras de arrefecimento, duas linhas de preparação de pescado, cinco linhas de enchimento de latas, zona de embalamento e armazém.

Com capacidade para transformar 20 toneladas de pescado por dia, a Conseran, detentora da marca “Chamarrita”, prevê produzir 13 milhões de latas no primeiro ano, devendo atingir em 2025 os 21 milhões.

Na ocasião, o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, enalteceu a “responsabilidade social” e o “sentido empresarial” da Conseran – Conservas do Atlântico Norte.

Este foi, sublinhou o governante, um “ato de inspiração” que José Manuel Bolieiro defende que vai valorizar o potencial económico dos Açores e do Atlântico norte.

“Portugal cumpre-se como verdadeiro país, com projeção de futuro, se olhar a sua dimensão atlântica, considerando as ilhas e o mar das regiões autónomas”, declarou, falando na sessão de abertura da unidade fabril.

Nesse sentido, o investimento da Conseran, liderada por José Maria Freitas, é “gerador de riqueza, emprego e desenvolvimento”, e é aliado de um “sentido estratégico do uso de dinheiros públicos” de apoio ao empreendedorismo e às empresas.

José Manuel Bolieiro lembrou que “parte significativa” da força laboral da Conseran advém de ex-quadros da Cofaco, o que resulta num “benefício mútuo”: a empresa ganha com a experiência dos trabalhadores, maioritariamente mulheres, e estes regressam na plenitude ao mercado de trabalho.

Depois, o Presidente do Governo teceu elogios ao espírito empreendedor de José Maria Freitas, empresário que soube ver o “potencial” da economia azul e que, com um “investimento pessoal penhorado”, soube perceber a identidade do povo e a cultura quer do Pico quer dos Açores.

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