“DIFICULDADES NÃO SÃO SINÓNIMO DE IMPOSSIBILIDADES”, LEMBRA JOSÉ MANUEL BOLIEIRO NA INAUGURAÇÃO DO CENTRO DE PARALISIA CEREBRAL DE SÃO MIGUEL

O Presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, definiu sexta-feira, na inauguração do Centro de Paralisia Cerebral, da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel, ser “fundamental” combater, por via da inclusão e de políticas públicas, “a tendência de uma sociedade indiferente à diferença”.

“Dificuldades não são sinónimo de impossibilidades. Não devemos desistir, apesar das dificuldades, daquilo que é um bem para cada um e para todos. É preciso lutarmos contra uma sociedade de indiferença. Este objetivo transformará o dever de solidariedade no gosto em se ser solidário”, vincou o governante.

Acompanhado pelo Vice-Presidente do Governo, Artur Lima, José Manuel Bolieiro visitou as instalações do espaço, situado em Ponta Delgada, e dirigiu aos presentes, por entre utentes, famílias e profissionais de apoio, palavras de incentivo pelo realizado e expetativa pelo futuro.

“Estamos investindo de facto nas pessoas diferentes, mas iguais na dignidade. Não estamos indiferentes à sua condição. Estamos solidários com a sua inclusão e o seu sucesso. Feliz pelo realizado, comprometido com o que há a fazer”, sinalizou.

O dia foi, na visão de José Manuel Bolieiro, um “ponto relevante” na história da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel – passado esse que “justifica reconhecimento e gratidão”.

O Presidente do Governo sublinhou ainda ser política do atual Executivo ir ao encontro das pessoas com paralisia cerebral na Região e tomar nota de quem não esteja registado para receber apoios e cuidados específicos.

O Centro de Paralisia Cerebral de São Miguel, agora inaugurado, representou um investimento de 4,6 milhões de euros.

A construção do edifício permite agora uma atuação de âmbito regional, que assegurará às pessoas com paralisia cerebral, e situações neurológicas e afins, cuidados de saúde e reabilitação amplamente reconhecidos como indispensáveis para uma boa qualidade de vida.

Além disso, visa preparar o seu público-alvo para uma boa integração na vida familiar, social, educativa e profissional (quando possível), e simultaneamente apoiar as suas famílias.

O Centro de Atendimento, acompanhamento e reabilitação social para pessoas com deficiência e incapacidade, que anteriormente tinha capacidade para 35, pode agora receber 50 utentes.

Há ainda no espaço um Centro de Atividades Ocupacionais com capacidade para 30 utentes; um lar residencial para 16 utentes (14 + 2 (2 em regime de descanso do cuidador); e um Centro de Atividades de Tempos Livres com uma capacidade para 10 utentes.

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