
Os líderes dos partidos que integram o governo dos Açores – PSD, CDS e PPM – e dos que o suportam – IL e Chega – estão numa constante “luta de egos” e “atuam pela sua sobrevivência política e não para a transformação económica e social que os Açores necessitam”, disse Alexandra Manes, na Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, que decorreu em Lisboa.
Alexandra Manes aponta que o governo de direita nos Açores apresenta propostas “não pela sua importância para a vida das pessoas, mas pelos efeitos que poderá ter no seio da governação”.
O resultado disso é a cedência ao ‘fetiche’ da IL pelo endividamento zero – que prejudica o investimento público e os serviços públicos – e pelo ataque aos pobres para agradar ao Chega – que resulta em “medidas de exclusão social como nunca se verificou nos Açores, onde crianças são julgadas pelo ambiente em que nasceram e crescem”.
Alexandra Manes criticou ainda as políticas do governo da coligação na área da habitação e nos transportes públicos, que estão a trazer cada vez mais dificuldades às pessoas.
“A direita a ser direita, colocando o capital acima do bem social”, concluiu.
A coordenadora do Bloco na Ilha Terceira saudou ainda o papel de Catarina Martins – que deixa agora a liderança nacional do partido – em matérias específicas da ilha, como a questão da contaminação de aquíferos, solos e subsolos provocados pela base militar norte-americana nas Lajes, e também a defesa das centenas de famílias do Bairro de Santa Rita.
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