
O Governo dos Açores quer instituições sociais “mais fortes, menos dependentes e capazes de acrescentar mais valor social às comunidades onde se inserem”, disse esta quinta-feira o vice-presidente do executivo regional (PSD/CDS-PP/PPM), Artur Lima.
No evento final do Projeto Açores com Impacto, promovido pela CRESAÇOR – Cooperativa Regional de Economia Solidária, Artur Lima observou que o Governo Regional “ficou desperto para a importância da avaliação do impacto social” e “tudo fará, no futuro próximo, para que estas metodologias se possam generalizar no setor de Economia Social da região”.
Na iniciativa realizada no Laboratório Regional de Engenharia Civil, em Ponta Delgada, Artur Lima considerou que “cada vez mais a temática da gestão e avaliação de impacto social tem vindo a ganhar relevância, quer a nível nacional, quer no contexto europeu”.
“Nos últimos anos, tem-se vindo a verificar que, internamente, as organizações sentem a necessidade de conhecer, intervir e avaliar melhor o que fazem e, externamente, os financiadores e outras partes interessadas exigem uma prestação de contas mais aprofundada e transparente”, defendeu, citado numa nota de imprensa divulgada na página da Internet do Governo Regional.
Segundo o inquérito ao Setor da Economia Social publicado pelo INE, em setembro de 2020, cerca de 93% das entidades de economia social, em Portugal, incluindo nos Açores, “não utilizavam métodos de medição do impacto social dos seus projetos”, acrescenta o comunicado.
“Este dado tem tanto de preocupante, como de desafiante”, referiu Artur Lima.
Para o vice-presidente, “é preciso inverter esse tipo de tendência e apostar convictamente na avaliação constante das políticas públicas”, bem como “dos projetos sociais a financiar através de recursos públicos”.
Segundo Artur Lima, o Governo, enquanto “decisor e financiador”, pretende “criar dinâmicas avaliativas, a que as organizações sociais devem aderir, criando, elas próprias, hábitos de autoavaliação e de qualificação dos projetos que pretendem conceber”.
“Os recursos financeiros do Governo são finitos e devem ser aplicados com critérios”, disse.
Para Artur Lima, são “inúmeras as vantagens da generalização, junto do setor social regional, de metodologias de avaliação de impacto social”.
“Por um lado, permite instituir uma cultura de rigor e de exigência. Por outro, credibiliza os próprios projetos e gera mais transparência na aplicação de fundos”, concretizou.
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