
De acordo com a Resolução do Conselho do Governo n.º 123/2020 de 4 de maio de 2020, publicada em Jornal Oficial I Série – Número 67, na próxima segunda-feira, 11 de maio, deverão ser retomadas “as aulas presenciais nos estabelecimentos dos 3 ciclos de ensino básico, bem como no secundário, sendo necessário o uso de máscara e a disponibilização de desinfetante para as mãos a toda a comunidade educativa”, nas ilhas de Santa Maria, Corvo e Flores.
Há, no entanto, pais e encarregados de educação da ilha das Flores, que não estão de acordo com esta determinação, porque entendem “que não estão reunidas as condições de segurança necessárias à abertura dos estabelecimentos de ensino” nessa ilha, nomeadamente no que diz respeito ao distanciamento social.
Para estes pais a que se junta a comunidade em geral da ilha das Flores, é incompreensível que enquanto se zela pela segurança dos utentes dos serviços públicos e estabelecimentos comercias, impondo restrições ao nível do nº de utentes presentes no interior dos mesmos, “coloca-se a comunidade escolar aglomerada, partilhando espaços comuns ao mesmo tempo, em números que variam entre cerca de 20 na escola de Ponta Delgada, cerca de 90 na escola das Lajes, e umas poucas centenas na escola de Santa Cruz das Flores”.
Estes pais e encarregados de educação estão também contra a obrigatoriedade de utilização de máscaras nas salas de aulas, “quando não existem condições de garantir o distanciamento social nos espaços comuns como é o caso do refeitório”, sendo esse efeito anulado pela não efetivação do distanciamento social.
Além disso, argumentam que não é o recomeço das aulas que vai dinamizar a economia da ilha, enquanto coloca em risco a segurança dos alunos, das suas famílias, professores e restante comunidade escolar.
Segundo dizem, “Aliviar as medidas de segurança no que diz respeito ao afastamento social, apenas ao nível escolar, é estar a criar um nicho de cobaias, para num meio semi controlado se testar a imunidade coletiva”, o que consideram Inconcebível “numa comunidade que não regista qualquer caso positivo pelo COVID-19”.
Desse modo, foi criada uma petição online que determina o “cancelamento da reabertura das escolas da ilha das Flores na modalidade de ensino presencial” e que se “continuem a valorizar o ensino à distância, a estabilidade emocional e a segurança de todos de igual forma” e o esforço a que todos os florentinos foram sujeitos em prol do bem comum.
Tendo como primeira subscritora Lígia Teixeira, à data de fecho deste artigo a petição contava com 387 assinaturas.
Petição “Pelo não retorno às aulas presenciais nas escolas da ilha das Flores“.
PE
