Presentemente há 42 casos de infetados com o novo coronavírus SARS-CoV-2 na Região Autónoma dos Açores. Treze em São Miguel, nove na Terceira, oito no Pico, sete em São Jorge e cinco no Faial. Santa Maria, Graciosa, Corvo e Flores continuam sem qualquer caso registado de infeção.

Segundo o responsável pela Autoridade de Saúde Regional, Tiago Lopes, no briefing de atualização de informação, esta tarde, em Angra do Heroísmo, dos 9 casos existentes na ilha Terceira, três estão diretamente relacionados com viagens recentes ao continente português. Dois estão relacionados com uma viagem à Turquia, que originou a primeira cadeia de transmissão primária nos Açores, estando os restantes três, relacionados com uma viagem cujo um dos tripulantes veio posteriormente a ser diagnosticado com Covid-19 no continente.

No Pico, dos oito casos positivos, três estão relacionados com uma viagem ao Canadá e dois com uma viagem ao Brasil, sendo que estes, foram o ponto focal da transmissão primária local no qual foram infetados mais três indivíduos.

No Faial, todos os cinco casos positivos apresentam história de viagem recente ao continente português.

Na ilha de São Jorge, os setes casos estão relacionados com o cruzeiro que se realizou no início do mês no Dubai.

Em São Miguel, dos treze casos positivos, três estão relacionados com casos identificados no continente português, outros três estão relacionados com o mesmo cruzeiro ao Dubai dos casos de São Jorge. Três outros casos, estão relacionados com uma viagem conjunta ao estrangeiro que passou por vários locais. Mais dois casos estão relacionados com uma viagem conjunta ao Canadá, estando os dois casos mais recentes, presentemente em investigação para identificação dos contactos próximos.

Para Tiago Lopes, os desenvolvimentos registados nas últimas horas na ilha de São Miguel, revelam existir ali “efetivamente uma clara transmissão local”, nomeadamente no concelho da Povoação, razão pela qual o Governo dos Açores em articulação com o Representante da República irá estabelecer um cordão sanitário. Este cordão sanitário, explica Tiago Lopes, destina-se a conter a comunidade enquanto se desenvolve o trabalho de identificação dos contactos próximos para recolha de amostras biológicas e posterior submissão a análises laboratoriais.

PE