OBRA DE PROTEÇÃO DA BARRA, NA GRACIOSA, DEVERÁ FICAR CONCLUÍDA EM SETEMBRO, AFIRMA GUI MENEZES

O secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia afirmou ontem que “a maior obra de proteção da orla costeira que está a decorrer, neste momento, nos Açores” é a empreitada da Barra, na ilha Graciosa, num investimento de 7,5 milhões de euros, adiantando que a sua conclusão “está prevista para setembro”.

Gui Menezes salientou, no entanto, que “é necessário que os mergulhadores abram uma vala subaquática para a colocação de ‘accropodes’”, estruturas de proteção de betão, acrescentando que, “nesta altura do ano, a execução destes trabalhos é muito difícil devido à força do mar”.

O secretário regional falava aos jornalistas à margem de uma visita à obra de proteção da muralha da Vila da Praia da Graciosa, onde acompanhou o presidente do Governo, Vasco Cordeiro.

Segundo o secretário regional, a obra de proteção da Muralha da Praia era “há muito ansiada pelos moradores” daquela zona e era “uma obra necessária”.

Gui Menezes referiu que esta estrutura “estava com fragilidades na sua base, tendo-se optado por duas soluções”.

Do lado sul, foi colocada uma estrutura de betão aderente à muralha, enquanto do lado norte se optou por um enrocamento, tendo também sido construído um passadiço, numa extensão de quase 200 metros.

O principal objetivo da empreitada, concluída em agosto do ano passado, num investimento de mais de 170 mil euros, era travar a degradação da estrutura da muralha causada pelo mar.

Segundo Gui Menezes, a empreitada contribuiu para “a preservação da parte antiga” da muralha, dado que, “com alguma frequência, era necessário fazer enchimentos com algumas locas, que iam fragilizando a estrutura”.

A construção do passadiço na zona do enrocamento pretendeu também valorizar a Praia enquanto zona de lazer, requalificando a frente mar da freguesia de São Mateus.

Gui Menezes adiantou que o Executivo açoriano prevê arrancar este ano com a obra de proteção costeira da zona dos Fenais, também em São Mateus, local que visitou quarta-feira, no âmbito da visita estatutária do Governo à Graciosa.

Está também previsto o arranque, ainda este ano, de outras obras de proteção e requalificação costeira em São Jorge, nomeadamente a proteção costeira da Fajã de São João, tendo o prazo para entrega de propostas por parte das empresas terminado na semana passada, bem como a obra de proteção costeira da zona adjacente ao campo de jogos e à Fábrica Santa Catarina.

Gui Menezes referiu ainda que, na sequência do furacão Lorenzo, “surgiram outros problemas de erosão na orla costeira em várias ilhas”, como é o caso das ilhas do Faial, São Jorge e Terceira.

“Estão a ser feitas avaliações [aos locais] e já começaram a ser elaborados projetos no sentido de resolvermos essas situações mais emergentes”, frisou, acrescentando que “a prioridade” neste tipo de intervenções é “proteger as pessoas e bens”.

Questionado pelos jornalistas, o Secretário Regional adiantou que, no caso do Faial, foram assinalados vários locais que “serão alvo de intervenções”, nomeadamente na Feteira, no Pasteleiro, em Porto Pim, no Varadouro e em Castelo Branco.

Segundo Gui Menezes, os locais foram avaliados por técnicos do Laboratório Regional de Engenharia Civil, sendo que estão a ser elaborados os projetos para as intervenções.

“São vários os locais que sofreram bastante” com a passagem do furacão Lorenzo e algumas intervenções são de “alguma complexidade”, devido aos difíceis acessos”, referiu o governante, acrescentando que “logo que tivermos os projetos concluídos, arrancaremos para a sua execução”.

GaCS/GM/PE

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